Durante um encontro com a imprensa em Tóquio, que coincidiu com a Tokyo Game Show e o programa online da Capcom, os desenvolvedores de “Resident Evil: Requiem” Koshi Nakanishi, diretor do jogo, e Masato Kumazawa, produtor, abordaram as persistentes expectativas dos fãs em torno da possível presença de Leon Kennedy no novo título. Apesar da forte especulação, o personagem não foi oficialmente revelado em nenhum material recente. (via: ign)
A expectativa em relação a Leon Kennedy atingiu um ponto alto antes da entrevista. Muitos fãs e veículos de imprensa aguardavam um novo trailer durante o Capcom Online Program que finalmente confirmaria a participação de Leon, seja como personagem jogável ou em outra capacidade. Contudo, o trailer exibido não fez qualquer menção ao agente, e a versão de prévia do jogo disponível na TGS também não contava com sua aparição.
Ao serem questionados sobre a estranheza das expectativas e a subsequente ausência de Leon Kennedy, Nakanishi e Kumazawa reagiram com humor. Kumazawa afirmou que a equipe “levará esse feedback em consideração”, reconhecendo o clamor da comunidade.
O interesse dos fãs por Leon Kennedy perdura há meses, desde que o primeiro trailer de “Resident Evil: Requiem” pareceu conter múltiplas insinuações sobre uma aparição do personagem. Os rumores, entretanto, foram além, sugerindo que Leon poderia surgir no jogo como um segundo protagonista jogável, atuando ao lado da novata Grace Ashcroft. Nakanishi e Kumazawa tentaram minimizar essas especulações, argumentando que Kennedy pouco se alinha com o tom menos focado em ação de “Requiem”. No entanto, o fervor dos fãs não diminuiu, e os desenvolvedores ainda evitam descartar completamente a possibilidade de Leon ser controlável em algum momento, mesmo que brevemente.
Diante de toda essa discussão, os diretores foram indagados se as incessantes especulações sobre Leon não estariam desviando a atenção da intenção de posicionar Grace Ashcroft como a verdadeira estrela do jogo. A resposta, porém, foi de tranquilidade. “Sempre ficamos felizes que as pessoas estejam interessadas no jogo a ponto de especular tanto”, disse Kumazawa, indicando que a atenção, mesmo que focada em um personagem não confirmado, ainda é vista como positiva.
Questionados se “Requiem” poderia representar uma espécie de “passagem de bastão” entre as antigas e novas gerações de personagens de Resident Evil, Kumazawa foi cauteloso. Ele esclareceu que, embora não existam planos concretos para futuras linhas narrativas em títulos subsequentes da série, considerar a ideia como uma completa “passagem de bastão” seria um exagero. Segundo o produtor, a intenção não é “apagar completamente a história e a mitologia da série”.
Ao mesmo tempo, Kumazawa expressou o desejo de não depender exclusivamente de personagens já existentes para criar novos jogos, citando essa motivação como parte fundamental para a introdução de Grace Ashcroft. Isso sugere um equilíbrio entre respeitar o legado da franquia e a busca por inovação com novos protagonistas.
A entrevista também abrangeu outros tópicos relevantes para o desenvolvimento do jogo. Entre os assuntos discutidos com Nakanishi e Kumazawa, destacam-se a forma como “Requiem” foi adaptado para o Nintendo Switch 2, bem como o retorno da icônica Raccoon City e o design dos novos monstros que os jogadores enfrentarão. A Capcom, portanto, busca equilibrar a nostalgia dos elementos clássicos com a introdução de novas mecânicas e narrativas para manter a franquia relevante e atraente para os fãs.
                            


