Após o sucesso da fase beta do Battlefield 6, que superou a marca de 300 mil jogadores durante seu período de acesso antecipado, todas as atenções se voltaram para o desempenho do novo título da franquia Call of Duty. A expectativa era de ver como os jogadores responderiam à beta do Black Ops 7, mas os primeiros indicadores apontam para um cenário menos animador do que o esperado. (via: thegamer)

O Black Ops 7, que tem seu lançamento oficial programado para 14 de novembro deste ano, encontra-se atualmente em seu período de testes beta. A fase de acesso antecipado ocorreu entre 2 e 5 de outubro, destinada a jogadores que haviam realizado a pré-compra do jogo ou que possuem uma assinatura do Xbox Game Pass Ultimate. Apesar dessa restrição inicial, a distribuição de códigos de acesso foi bastante ampla, com dezenas deles circulando livremente, permitindo que um número considerável de pessoas testasse o jogo. Após esse período, uma beta aberta será disponibilizada para todos os demais interessados.
Uma análise superficial dos dados disponibilizados pela plataforma SteamDB, identificada primeiramente pelo portal Insider Gaming, revela números que levantam certas preocupações. O pico de jogadores de Call of Duty nas últimas 24 horas alcançou 74.698 usuários, um aumento significativo em comparação aos aproximadamente 35.000 jogadores que a franquia mantinha ativos antes do início da beta. No momento em que estas informações foram compiladas, 46.385 jogadores estavam ativos simultaneamente.
É fundamental observar que esses números se referem ao “hub” de Call of Duty como um todo na Steam, o que significa que nem todos esses milhares de jogadores estão necessariamente engajados ativamente com o Black Ops 7. Muitos deles podem estar jogando outros títulos da série. Além disso, a fase de “Acesso Antecipado” é, por natureza, limitada, o que poderia distorcer um pouco as estatísticas. No entanto, considerando a vasta quantidade de códigos que foram distribuídos e o fato de que o acesso estava disponível para quem efetuasse a pré-venda, os números apresentados ainda são motivo de apreensão para a desenvolvedora e a publicadora.
Essa performance inicial levanta questões sobre um tema que já havia sido abordado internamente: a fadiga da franquia. Yale Miller, Diretor Sênior de Produção da Treyarch, desenvolvedora do jogo, havia expressado recentemente o temor de que a sucessão de títulos da linha Black Ops em anos consecutivos pudesse gerar um desgaste junto à base de fãs. A preocupação com a saturação do mercado e a perda de interesse por parte dos jogadores é um fator real para a indústria de jogos.
Diante desse cenário e buscando reverter qualquer percepção negativa, a Activision, responsável pela publicação do jogo, tem implementado medidas para tentar reconquistar a confiança e a boa vontade dos fãs. Entre as ações, destacam-se o redesenho das skins oferecidas na pré-venda, visando um apelo estético mais alinhado aos desejos da comunidade. Outro anúncio significativo foi a decisão de não suportar o recurso “Carry Forward” neste lançamento. O “Carry Forward” permite que itens cosméticos e progressão de um jogo sejam transferidos para o próximo. Ao abolir essa funcionalidade, a Activision pretende limitar o número de “colaborações irrealistas” no lançamento, sugerindo um foco maior na consistência temática e na ambientação do jogo.
Embora o Black Ops 7 ainda seja um título com potencial para vender milhões de cópias e certamente será um dos grandes lançamentos do ano, os dados iniciais da beta sugerem que o caminho não será tão fácil quanto o de seus antecessores. Resta saber se os temores de fadiga da franquia se concretizarão e se as estratégias adotadas pela Activision serão suficientes para cativar os fãs e impulsionar as vendas, superando os primeiros sinais de um desempenho aquém do esperado nos testes. O mercado aguarda os próximos passos para entender o impacto real dessas tendências.



