Call of Duty: Black Ops 7, o mais recente lançamento da aclamada franquia de tiro em primeira pessoa, gerou grande expectativa entre os fãs, especialmente no que diz respeito às mecânicas de movimento. Contrariando rumores que apontavam para a inclusão de elementos futuristas como corrida em paredes (wall-running) e saltos impulsionados, a revelação completa do jogo e o beta aberto confirmaram que o título contará apenas com um sistema de movimentação aprimorado, permitindo aos jogadores saltar de paredes, uma evolução do sistema “omnimovement”. (via: gamerant)
Desde junho, a Activision, editora de Call of Duty, já havia se manifestado para desmentir especulações de que Black Ops 7 traria jetpacks e corrida em paredes, características vistas em jogos anteriores da série como Black Ops 3 e Infinite Warfare. Esses boatos surgiram após alguns jogadores terem acesso a arquivos não lançados de Warzone, que aparentemente continham novas habilidades de corrida em paredes. Como Warzone é totalmente integrado a cada novo título de Call of Duty, o vazamento levou muitos a acreditar que essa funcionalidade seria herdada pelo então futuro Black Ops 7. No entanto, o lançamento do beta deixou claro que a nova entrada no universo Black Ops se limitaria à mecânica de saltos em paredes, com a Treyarch, desenvolvedora do jogo, explicando a decisão de não implementar um sistema de movimento mais avançado.
Em entrevista recente ao GamesRadar+, Miles Leslie, diretor criativo associado da Treyarch, detalhou os motivos por trás da ausência de recursos como a corrida em paredes. Segundo Leslie, a decisão está intrinsecamente ligada ao cânone e à linha do tempo da série Black Ops, especialmente considerando que o jogo se situa dez anos após os eventos de Black Ops 2 e precede Black Ops 3. Black Ops 2 é ambientado em 2025, enquanto Black Ops 3 se passa em 2065. “Nós somos muito apegados ao nosso próprio cânone, temos que respeitá-lo. Isso significava que não poderíamos ter ‘Thrust Jump’, porque a tecnologia não existia em 2035”, explicou o desenvolvedor, referindo-se aos saltos impulsionados.
Leslie prosseguiu, elucidando o processo de tomada de decisão que levou à exclusão da corrida em paredes. “A corrida em paredes fazia sentido quando estávamos mais no futuro, mas com nosso retorno à era de Black Ops 2, aquele mundo simplesmente não tinha esse tipo de tecnologia, então fazia sentido não fazê-lo”, afirmou. Para os fãs, Black Ops 7 se desenrola no ano de 2035, servindo como uma sequência direta dos acontecimentos de Black Ops 2. A narrativa trará de volta personagens conhecidos da franquia, como David Mason e Raul Menendez, aprofundando a história em um período específico.
A escolha de Treyarch é reforçada pela linha do tempo estabelecida na própria série. Black Ops 3, ambientado em 2065 no universo do jogo e um dos poucos títulos de Call of Duty a apresentar jetpacks e corrida em paredes, sugere que esses sistemas de movimento avançados não foram inventados até por volta daquele período. Além disso, Call of Duty: Black Ops 4, um prelúdio de Black Ops 3 ambientado no início dos anos 2040, também não inclui jetpacks ou corrida em paredes, o que tornaria ilógico, do ponto de vista canônico, que Black Ops 7 (2035) os tivesse. A consistência com a narrativa temporal foi, portanto, um fator determinante.
Os fãs que desejam experimentar o sistema de “omnimovement” evoluído de Call of Duty: Black Ops 7 devem aproveitar os últimos dias do beta aberto do jogo. Embora o período de testes estivesse inicialmente previsto para terminar na quarta-feira, 8 de outubro, a Treyarch anunciou recentemente uma extensão, prolongando o beta de Black Ops 7 até a quinta-feira, 9 de outubro. Essa prorrogação oferece aos jogadores um dia extra para explorar o próximo título de Call of Duty antes de seu lançamento oficial, marcado para 14 de novembro, nas plataformas PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X/S e PC.






