O lançamento do aguardado Battlefield 6, previsto para 10 de outubro, tem sido palco de um intenso debate entre a desenvolvedora DICE, subsidiária da Electronic Arts (EA), e uma parcela significativa de sua comunidade de jogadores. O ponto central da discórdia gira em torno dos modos de armamento do jogo: “Armas Abertas” (Open Weapons) versus “Armas Fechadas” (Closed Weapons). Embora a DICE pudesse ter imaginado que a discussão havia sido concluída após o período de testes beta no verão, os jogadores demonstraram que o assunto está longe de ser encerrado. (via: gamesradar)
Desde o beta do shooter militar, a preferência por “Armas Fechadas” foi reiteradamente manifestada por alguns jogadores, que acusam a desenvolvedora de ter “escondido” ou “enterrado” esse modo de jogo. Nesse formato, os armamentos são restritos à classe de personagem escolhida, o que muitos argumentam que preserva a identidade de cada especialização e fomenta uma jogabilidade mais estratégica e equilibrada. Por outro lado, o modo “Armas Abertas” permite que os jogadores utilizem qualquer arma disponível no arsenal do jogo, independentemente da classe, oferecendo uma maior liberdade de personalização e estratégia individual.
A EA, por sua vez, apresenta uma visão diferente, baseada em seus próprios dados. Em uma atualização para a comunidade, divulgada dias antes da data oficial de lançamento de Battlefield 6, a empresa afirmou que “a vasta maioria dos jogadores, após experimentar ambos os tipos de listas de reprodução, escolheu manter-se com Armas Abertas”. Segundo a desenvolvedora, essa preferência reforça sua convicção de que o modo “Armas Abertas” é o “caminho certo para Battlefield 6”.
David Sirland, produtor-chefe da DICE, defendeu publicamente a posição da empresa em uma série de publicações no Twitter, mesmo diante da persistente rejeição de fãs que continuam alegando que o modo “Armas Fechadas” foi propositalmente ofuscado. Os jogadores insistem que a forma como as opções foram apresentadas durante o beta influenciou diretamente os resultados que a EA agora utiliza para justificar sua decisão.
Um dos críticos mais vocais é o YouTuber DANNYonPC, que respondeu às alegações da EA em uma publicação no Twitter, questionando a validade dos dados. “Faz sentido se você esconde a lista de reprodução de armas fechadas e tem apenas UMA delas em comparação com as 3 ou 4 diferentes abertas”, argumentou o YouTuber, sugerindo que a desigualdade na disponibilidade e visibilidade dos modos naturalmente levaria a uma menor escolha do formato restritivo. Essa disparidade, segundo ele e outros jogadores, teria distorcido a percepção sobre a real preferência da comunidade.
Em resposta a essas críticas, Sirland se aprofundou na metodologia de análise de dados da DICE. O produtor-chefe esclareceu que a equipe de desenvolvimento realizou uma “normalização para o impacto do posicionamento” das opções no menu do jogo, algo que ele descreveu como “dado em qualquer comparação de dados”. Sirland explicou que a DICE monitorou o impacto do posicionamento dos “blocos” de modos de jogo ao longo de todo o período beta. Segundo ele, esses blocos “mudaram muito de lugar” no menu, precisamente para que os desenvolvedores pudessem avaliar o quanto a localização e a apresentação de um modo impactavam suas taxas de escolha, além de comparar o desempenho de modos únicos contra listas de reprodução com múltiplas opções. A conclusão interna da DICE, após todas essas análises, permaneceu inalterada: o modo “Armas Abertas” é o escolhido para o lançamento do jogo.
Com apenas três dias restando para o lançamento oficial de Battlefield 6, a DICE parece ter feito sua defesa final no embate entre “Armas Abertas” e “Armas Fechadas”. A mensagem da desenvolvedora para a comunidade é clara e definitiva, reafirmando sua visão para o shooter: “Armas Abertas é o caminho certo para Battlefield 6”. Resta agora aos jogadores experimentarem o jogo em sua versão final e decidirem se a liberdade de escolha da DICE se alinhará com suas expectativas para o campo de batalha.
