A série de televisão Fallout, baseada na aclamada franquia de videogames pós-apocalípticos, tem gerado grande repercussão desde sua estreia, cativando tanto fãs de longa data quanto novos espectadores. Com o sucesso, vêm à tona detalhes dos bastidores e das abordagens dos atores em relação ao material original. Recentemente, membros do elenco principal compartilharam suas perspectivas sobre jogar – ou não jogar – os famosos títulos da Bethesda, revelando métodos de imersão distintos para dar vida aos seus personagens. (via: ign)
Walton Goggins, intérprete do enigmático Ghoul e de seu alter ego pré-guerra, Cooper Howard, adotou uma postura notável ao se recusar a jogar os videogames da franquia. Em entrevista à PC Gamer, Goggins explicou que sua decisão advém de um profundo desejo de manter a imersão total em seu trabalho. Para o ator, enxergar o vasto e perigoso “Wasteland” de Fallout como um ambiente real, no qual seus personagens de fato existem, é crucial para sua performance. Ele acredita que a experiência de jogar o game o levaria a ver o mundo ficcional como uma tela ou um avatar, quebrando a crença que ele constrói diariamente no set.
“Não, eu não me sentei para jogar os jogos”, afirmou Goggins de forma categórica. “E não vou. Não vou. Não vou jogar os jogos. Não estou interessado.” Ele elaborou que, ao jogar, sua perspectiva sobre o mundo se alteraria drasticamente, passando a vê-lo como algo na tela em que ele seria um avatar. “Eu não acredito que sou um avatar”, continuou. “Eu acredito que O Ghoul existe no mundo. Eu acredito que Cooper Howard existe no mundo. A melhor maneira de servir a este mundo e aos fãs deste jogo, eu acho, é ir trabalhar todos os dias e acreditar nas circunstâncias que me são apresentadas.” Essa abordagem ressalta o comprometimento do ator com a verossimilhança de seu papel no universo ficcional da série.
Em contraste com Goggins, a atriz Ella Purnell, que dá vida à ex-habitante do Refúgio Lucy MacLean, compartilhou uma experiência diferente. Ela dedicou um tempo para jogar Fallout 4 antes das filmagens da primeira temporada, descobrindo que a imersão prévia com o jogo “intensificou o prazer e a experiência” de, posteriormente, estar no set e ver o Refúgio da série tomar forma de maneira real. Sua vivência demonstra como a interação com o material original pode, para alguns, enriquecer a construção do personagem e a conexão com o universo.
Já Aaron Moten, que interpreta o soldado Maximus da Irmandade de Aço, adota uma postura intermediária. Ele expressou o desejo de jogar os games, mas prefere fazê-lo somente depois de “terminar o trabalho” na série. Em tom bem-humorado, Moten sugeriu que “quem sabe, talvez estejamos trabalhando nisso por tanto tempo que a Bethesda terá um novo número de Fallout para entrarmos.”
As perspectivas dos atores naturalmente levantam questionamentos sobre o futuro da franquia de videogames. Embora a série de televisão possa ter uma longa duração, é considerado improvável que o mundo dos games receba um novo título principal da Bethesda em breve. A desenvolvedora ainda está a anos de concluir The Elder Scrolls 6, seu próximo grande lançamento planejado. No entanto, rumores persistentes indicam que a Bethesda não deixará os fãs de Fallout totalmente desamparados por tanto tempo, especulando-se sobre a possibilidade de alguma forma de remake ser lançado antes.
O sucesso da série de televisão Fallout também garante sua continuidade. A segunda temporada está prevista para começar a ser exibida a partir de 17 de dezembro e adotará uma abordagem de “névoa de guerra” para conciliar os vários finais possíveis de Fallout: New Vegas, um dos jogos mais queridos da franquia. Uma terceira temporada já foi confirmada, com as filmagens esperadas para o próximo ano, solidificando o lugar da série como uma adaptação bem-sucedida e expansão do rico universo pós-apocalíptico.


