Fãs de Clair Obscur: Expedition 33 protestam contra GOTY revogado

Fãs de Clair Obscur: Expedition 33 protestam contra GOTY revogado

Clair Obscur: Expedition 33, um dos jogos mais aclamados do ano, teve seu título de Jogo do Ano (GOTY) revogado pelo Indie Game Awards. A decisão, anunciada pela organização Six One Indie, gerou uma onda de descontentamento entre os fãs e a comunidade de jogos independentes, que consideram a medida “injusta”. O prêmio, que havia sido concedido ao título da Sandfall, foi então passado para Blue Prince. (via: thegamer)

Antes da polêmica, Clair Obscur havia conquistado grande reconhecimento da crítica e do público desde seu lançamento. O jogo angariou uma vasta base de fãs e foi premiado com o título de Jogo do Ano em cerimônias de prestígio como The Game Awards e The Golden Joysticks, consolidando sua posição entre os grandes lançamentos do período. Essa sequência de vitórias fez com que a revogação do prêmio no Indie Game Awards fosse recebida com surpresa e indignação por parte de sua comunidade.

A revogação do prêmio, segundo a Six One Indie, fundamentou-se na política do Indie Game Awards contra o uso de inteligência artificial generativa em jogos. Inicialmente, a Sandfall, desenvolvedora de Clair Obscur, havia declarado publicamente que o título não fazia uso de tal tecnologia. Contudo, em um comunicado posterior, a própria Sandfall confirmou ter empregado brevemente IA generativa para a criação de texturas provisórias, que seriam substituídas ao longo do desenvolvimento. Foi essa admissão que levou à decisão da organização do prêmio.

A notícia da retirada do prêmio, apesar de seguir as regras estabelecidas pelo Indie Game Awards, caiu como uma bomba para os fãs de Clair Obscur. Muitos expressaram sua insatisfação nas redes sociais e fóruns, defendendo o caráter “inquestionavelmente humano” do jogo e questionando a validade da decisão. Para eles, o fato de o jogo ser “amado e inegavelmente humano” tornava a controvérsia exagerada.

Um dos exemplos mais contundentes dessa reação veio do usuário Vegeta120000 no subreddit dedicado a Clair Obscur. Em uma postagem carregada de indignação, o usuário argumentou que o jogo “NÃO utiliza IA generativa” em sua versão final, considerando a revogação do prêmio como “injusta”. A base para seu argumento reside na declaração da Sandfall, feita em julho, que explicitava o uso temporário de IA para texturas de preenchimento, as quais não estariam presentes no produto final.

As respostas à postagem de Vegeta120000, no entanto, revelaram uma divisão de opiniões dentro da comunidade. Enquanto alguns endossaram a visão de que a decisão era uma “perseguição” ou “um ataque difamatório” contra a Sandfall, motivado por inveja, outros demonstraram compreensão pela postura do Indie Game Awards. Estes últimos apontaram que a admissão da Sandfall sobre qualquer uso de IA, mesmo que temporário e para placeholders, validaria a aplicação da “regra inflexível” da premiação, visando desencorajar o uso generalizado de IA na indústria de jogos independentes.

A insatisfação da base de fãs não se limitou a um único fórum. Observa-se um grande volume de reações, majoritariamente negativas, em todo o subreddit de Clair Obscur. Comentários em publicações de veículos como o Insider Gaming, que noticiaram a revogação do prêmio, também refletem o descontentamento da comunidade. Muitos fãs clamam por um pronunciamento oficial da Sandfall, buscando um esclarecimento mais aprofundado que possa dissipar a controvérsia em torno do uso de IA e a consequente perda do reconhecimento.

A polêmica em torno de Clair Obscur: Expedition 33 e o Indie Game Awards ressalta o debate crescente na indústria de jogos sobre a ética e as diretrizes para o uso de inteligência artificial generativa. A questão, que divide opiniões entre desenvolvedores e jogadores, continua a pautar discussões sobre a autenticidade e o reconhecimento da criatividade humana no cenário dos games independentes.

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