Mafia The Old Country é um jogo grande que você termina no fim de semana

Mafia The Old Country é um jogo grande que você termina no fim de semana

A recente jornada de um jornalista especializado em games para concluir o máximo de títulos previstos para 2025, a fim de consolidar sua lista de fim de ano, levou-o a revisitar lançamentos anteriores. Foi nesse contexto que o articulista decidiu, em um fim de semana, iniciar e finalizar Mafia: The Old Country, meses após seu lançamento oficial e da publicação de uma análise no portal. O game, segundo o jornalista, trouxe à tona uma nostalgia por uma era em que os jogos AAA não estavam sobrecarregados com elementos de “live-service”, mundos abertos exaustivos e mecânicas de RPG de ação. (via: kotaku)

Mafia: The Old Country, desenvolvido pela Hangar 13 e publicado pela 2K, chegou aos consoles e PC em agosto, alguns meses antes da experiência do jornalista. A prequela, ambientada no início do século XX, apresenta uma narrativa autônoma que, embora faça pequenas referências ao universo de Mafia, foca em sua própria história. O enredo acompanha Enzo, um jovem que escapa de uma vida de escravidão em uma mina de enxofre na Itália. Enzo se vê envolvido com uma família mafiosa local e, ao longo de aproximadamente 10 horas de jogo — dependendo do ritmo do jogador — ele ascende de um mero desconhecido a um “made man” e soldado de confiança na organização criminosa de Don Torrisi, tudo isso enquanto tenta manter em segredo um relacionamento com a filha do Don. O jornalista descreveu a experiência como extremamente divertida.

Em vez de focar em uma nova análise do jogo, que já havia sido publicada no portal, o articulista utilizou sua coluna para fazer um apelo público a desenvolvedores e publishers. Ele expressou o desejo de que mais jogos desse tipo sejam produzidos. O texto remete a uma época, comum na era do PlayStation 2 e, posteriormente, do Xbox 360, quando os estúdios investiam recursos significativos na criação de campanhas envolventes de 8 a 12 horas, repletas de momentos memoráveis e sequências de ação bem elaboradas.

Esses jogos, argumenta o jornalista, eram frequentemente experiências single-player e lineares, que não se perdiam em mundos abertos exagerados, repletos de conteúdo sazonal, passes de batalha ou eventos ao vivo, e que não exigiam 200 horas para serem concluídos. Por um longo tempo, o mercado ofereceu muitos títulos semelhantes a The Old Country: jogos com grandes orçamentos e visuais impressionantes que proporcionavam um fim de semana emocionante de diversão e, talvez, alguns colecionáveis e segredos para serem descobertos em uma segunda jogada. O autor observa que esses jogos não necessariamente reinventavam a roda ou ofereciam mecânicas de gameplay inovadoras, e The Old Country segue essa linha, apresentando-se como um shooter em terceira pessoa com sistema de cobertura, jogabilidade stealth sólida, alguns segmentos de veículos e diversos combates corpo a corpo com facas.

Embora o jornalista reconheça a existência e a importância dos jogos independentes, que ele cobre semanalmente e joga em seu tempo livre, muitos dos quais oferecem experiências mais curtas e focadas, ele ressalta a diferença crucial. The Old Country não é apenas “curto” em comparação com títulos como Assassin’s Creed Shadows; ele também se parece e se joga como um grande jogo AAA, mas sem exigir que o jogador passe dezenas de horas fabricando espadas ou cumprindo listas de tarefas. O game entrega todas as sequências cinematográficas e cutscenes de alta qualidade que são características dos jogos AAA modernos, mas o faz dentro de um pacote conciso que pode ser terminado sem exigir semanas de dedicação. Essa abordagem foi descrita como “refrescante” e algo que o articulista sente falta na indústria de 2025.

O sucesso de vendas de Mafia: The Old Country para a 2K Games é um fator que o jornalista considera esperançoso, pois isso poderia incentivar a equipe da Hangar 13 a desenvolver outro jogo com essa filosofia, seja um título inédito ou uma sequência de Mafia. O autor expressa seu apreço por grandes jogos que demonstram o poder dos consoles modernos e que oferecem visuais deslumbrantes em TVs 4K, mas manifesta seu cansaço em ter que dedicar mais de 70 horas para completar cada um desses títulos.

Mafia: The Old Country, conclui o jornalista, serve como um poderoso lembrete de que os jogos não precisam levar seis anos para serem desenvolvidos, e que títulos mais focados e de menor escala ainda podem ser considerados “AAA” e alcançar sucesso comercial. Essa é uma lição valiosa para as publishers considerarem à medida que a indústria avança em direção a 2026.

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