O jogo *Crow Country*, desenvolvido e publicado pela SFB Games, chegou recentemente às plataformas PlayStation, Xbox, Switch e PC (via Steam e GOG). Ambientado em 1990, o game coloca o jogador na pele da agente Mara Forest, uma jovem policial encarregada de investigar o desaparecimento do dono do parque temático Crow Country, Edward Crow. Embora a narrativa apresente essa premissa, a atenção se concentra principalmente na ambientação peculiar do parque. (via: eurogamer)
A desenvolvedora optou por gráficos deliberadamente “toscos”, com polígonos desajeitados e filtros de baixa resolução, que evocam a estética dos jogos de survival horror dos anos 90. Essa escolha estilística, segundo a crítica, confere ao jogo uma atmosfera nostálgica e distinta, contribuindo para a imersão na experiência. Apesar de não ser um jogo assustador no sentido tradicional, *Crow Country* consegue gerar tensão por meio de seus personagens grotescos e cenários sombrios.
Em termos de estrutura, o jogo se inspira fortemente em títulos clássicos do gênero, como os primeiros Resident Evil. O jogador se depara com portas trancadas, mecanismos de segurança complexos, salas de salvamento e anotações espalhadas pelo ambiente. A progressão na história depende da resolução de quebra-cabeças, da exploração e de confrontos ocasionais. O sistema de combate, entretanto, recebeu críticas. Ao contrário dos jogos modernos, o combate em *Crow Country* é lento e deliberado, exigindo que o jogador pare para mirar e, se aproximado demais pelo inimigo, se retire para recomeçar. Apesar desta peculiaridade, que pode ser considerada ultrapassada para alguns jogadores veteranos (como um crítico que afirma jogar desde 1983), a crítica considera que o design inteligente do jogo equilibra a nostalgia com a jogabilidade moderna. O esquema de controle, exceto durante o combate, é atualizado, dispensando os controles “tanque” tradicionais. As pistas são registradas e acessíveis nas salas de salvamento, e não há limitação de salvamentos, ao contrário de jogos clássicos do gênero. A disponibilidade de munição e itens de recuperação também é consideravelmente generosa. Os quebra-cabeças, segundo a avaliação, apresentam o nível de dificuldade adequado, sendo desafiadores sem se tornarem frustrantes.
Os quebra-cabeças, na verdade, são considerados um dos pontos altos de *Crow Country*. A SFB Games, conhecida pelo jogo Snipperclips, elaborou uma série de enigmas criativos, envolvendo desde mecanismos com bússolas e relógios até códigos musicais em pianos. Os desafios, segundo a análise, são complexos o suficiente para serem recompensadores sem se tornarem excessivamente abstratos.
Embora a avaliação tenha sido feita após apenas algumas horas de jogo, o texto cita uma resenha anterior e positiva do jogo na Eurogamer, feita pela colaboradora Vikki Blake. A chegada de *Crow Country* ao PlayStation Plus, conclui o texto, representa uma oportunidade para os assinantes testarem o jogo.
