Battlefield descarta PS4 e Xbox One por destruição avançada

Battlefield descarta PS4 e Xbox One por destruição avançada

O aguardado lançamento de Battlefield 6 promete um retorno às raízes da franquia, focando em batalhas militares de grande escala que se desenrolam em terra, mar e ar, com um ambiente totalmente destrutível que se desintegra em tempo real. Embora o título ainda não tenha chegado ao mercado, as informações divulgadas até o momento geram otimismo sobre seu potencial para revigorar a série e consolidar sua posição como um dos principais rivais da franquia Call of Duty, da EA. Uma decisão de design crucial, em particular, é apontada como fundamental para o desenvolvimento do jogo, que está há quatro anos em produção. (via: gamesradar)

Christian Buhl, diretor técnico de Battlefield 6, detalhou em entrevista à PC Gamer a base dessa nova abordagem. Segundo Buhl, a “única mágica” por trás do salto de qualidade percebido reside no abandono do suporte às plataformas de geração anterior, PlayStation 4 e Xbox One. Essa escolha estratégica elevou o “piso” de desempenho em termos de memória e velocidade de CPU que a equipe de desenvolvimento poderia explorar. Consequentemente, a otimização geral do jogo foi beneficiada, permitindo que os criadores trabalhassem com um patamar técnico significativamente mais alto.

Ainda que exista uma vasta audiência nas antigas gerações de consoles, o hardware desses sistemas tem mais de uma década. A manutenção do desenvolvimento para essas plataformas, explicou Buhl, inevitavelmente sobrecarregaria a equipe, resultando em um produto final inferior. Em um cenário de forte concorrência, especialmente com a chegada de Call of Duty: Black Ops 7, a DICE, desenvolvedora do jogo, reconheceu a necessidade de inovar e elevar substancialmente o padrão de qualidade e ambição de Battlefield 6.

Ao se desvincular dos sistemas de geração anterior, a equipe de desenvolvimento não resolveu diretamente todos os problemas, mas alterou fundamentalmente o foco de seus esforços. Em vez de se preocuparem em garantir a compatibilidade com um hardware mais limitado, os desenvolvedores puderam concentrar-se em atingir o ápice do que era tecnicamente possível. Buhl enfatizou que o processo envolveu extensos testes, especialmente nas mecânicas de destruição, e uma otimização contínua de diversas áreas do jogo.

O motor gráfico Frostbite, utilizado no desenvolvimento de Battlefield 6, desempenha um papel central nesse processo. “Estamos usando o motor Frostbite, é claro, e o motor Frostbite foi construído para Battlefield. Foi construído para a destruição. E essas peças são partes centrais do motor”, destacou o diretor técnico. A capacidade inerente do Frostbite de simular ambientes destrutíveis é um pilar da experiência que a franquia busca oferecer, e a nova liberdade técnica permitiu que essa característica fosse explorada em sua plenitude.

Christian Buhl ressaltou que não houve uma “solução mágica” para a criação do jogo. Em vez disso, o sucesso esperado é fruto de uma combinação de muito trabalho, testes exaustivos e inúmeras iterações no processo de desenvolvimento. A ambição da equipe é clara: se Battlefield 6 conseguir replicar o impacto e a admiração que Battlefield 4 gerou em seu lançamento, o objetivo terá sido plenamente alcançado. A referência a Battlefield 4 evoca uma era em que a série era amplamente elogiada por sua escala, realismo e inovação na destruição ambiental, um padrão que os desenvolvedores atuais esperam superar.

Complementando as informações sobre as exigências técnicas do novo título, a DICE confirmou os requisitos finais de sistema para a versão de PC de Battlefield 6. A empresa revelou que um “número substancial” de jogadores que participaram das fases beta não conseguiu atender a esses requisitos. A DICE se destacou ao fornecer detalhes transparentes sobre as especificações, discriminando o desempenho esperado em termos de quadros por segundo (FPS), resolução e configurações gráficas. Essa clareza serve como um indicativo direto da magnitude técnica de Battlefield 6 e da experiência visual imersiva que ele almeja entregar aos jogadores em plataformas de última geração.

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