A Capcom, gigante japonesa no setor de videogames, prepara-se para um ano de intensos lançamentos que prometem movimentar o mercado global. Para o calendário atual, a empresa tem agendada a chegada de títulos aguardados como Resident Evil Requiem, a Mega Man Star Force Legacy Collection, Monster Hunter Stories 3: Twisted Reflection e Pragmata. Além disso, a presença da Capcom se estende para o setor cinematográfico, com adaptações live-action de suas franquias icônicas Resident Evil e Street Fighter, e a possibilidade de uma data de lançamento ser anunciada para Onimusha: Way of the Sword. Este ambicioso cronograma, no entanto, coloca em evidência um desafio crucial para a desenvolvedora: a garantia de otimização para as versões de PC, um ponto que gerou preocupações após experiências como a de Monster Hunter Wilds. (via: thegamer)
Para mitigar os riscos de lançamentos pouco otimizados, a Capcom adotou uma estratégia proativa, utilizando o demo recentemente disponibilizado de Pragmata. O objetivo não foi apenas permitir que os jogadores tivessem um vislumbre do título que se aproxima, mas também pavimentar o caminho para uma melhor otimização da versão final do jogo. Segundo uma reportagem da Automaton Media, Naoto Oyama, produtor de Pragmata, e Cho Yonghee, diretor do jogo, detalharam os bastidores da criação desta demonstração e suas intenções primordiais.
Os desenvolvedores explicaram que, devido à vasta gama de configurações de hardware nos computadores pessoais, realizar ajustes individuais na plataforma Steam representa uma tarefa complexa. Nesse cenário, um demo torna-se uma ferramenta valiosa para a equipe coletar feedback essencial, permitindo otimizar o jogo ao máximo antes de seu lançamento mundial. A estabilidade da taxa de quadros por segundo (framerate) foi apontada como uma prioridade fundamental nesse processo. Oyama enfatizou a filosofia da equipe, afirmando que “nossa política foi priorizar o conforto, mesmo que isso implicasse sacrificar certos aspectos gráficos”. A eficácia desses esforços será avaliada no lançamento oficial do jogo, previsto para 24 de abril.
Esta abordagem proativa da Capcom não é isolada. A empresa e seus desenvolvedores têm discutido abertamente a necessidade de evitar a repetição de situações como a vivenciada com Monster Hunter Wilds, em um esforço que remete à intenção da EA de não replicar os problemas de Battlefield 2042. Em novembro do ano passado, durante um Q&A financeiro, a Capcom reforçou seu compromisso, garantindo que Resident Evil Requiem, o primeiro da sua próxima leva de lançamentos, não seria afetado pelos mesmos problemas de desempenho que marcaram um de seus títulos previstos para 2025, Monster Hunter Wilds.
Questionada diretamente se Requiem poderia apresentar um desempenho insatisfatório semelhante ao de Wilds, a Capcom defendeu-se, buscando dissipar qualquer preocupação. A empresa declarou que “Resident Evil Requiem difere de Monster Hunter Wilds em termos de jogabilidade, arquitetura de sistema e recursos de rede”. Complementou ainda: “Atualmente, não prevemos riscos semelhantes. Estamos desenvolvendo o jogo para proporcionar uma experiência de jogo fluida em uma ampla gama de especificações de PC”. Essa postura firme e transparente demonstra a seriedade com que a Capcom está encarando a performance de seus títulos em plataformas variadas.
Em suma, a estratégia da Capcom revela uma lição aprendida e um forte empenho em entregar produtos de alta qualidade, especialmente no que tange à otimização para PC. Com um portfólio recheado de lançamentos e adaptações, a gigante japonesa busca solidificar sua reputação, garantindo que a empolgação dos jogadores não seja comprometida por questões técnicas. A atenção aos detalhes e o uso estratégico de ferramentas como os demos sublinham um compromisso renovado com a experiência final do usuário, um fator determinante para o sucesso em um mercado tão competitivo.



