Paul Douglas, um dos cocriadores do icônico jogo Tomb Raider original, compartilhou recentemente suas impressões sobre o recém-anunciado “Legacy of Atlantis”, e suas declarações iniciais sugerem uma certa falta de entusiasmo com a nova empreitada da franquia. Os fãs da série Tomb Raider aguardavam ansiosamente para descobrir os próximos passos da Crystal Dynamics com a heroína Lara Croft. Essa espera culminou em dois grandes anúncios no The Game Awards: a revelação de “Tomb Raider: Catalyst”, um novo título na linha principal da série, e, para a surpresa de muitos, um remake do primeiro jogo, batizado de “Legacy of Atlantis”, com lançamento previsto para o próximo ano. (via: thegamer)
Rawr! She’s back apparently. Personally I’d prefer exploring new lost worlds than another remake/remaster/reimagining of something we crafted under intense duress in the 90’s. Fingers crossed, eh. Dinosaurs will always be cool though…
— Paul Douglas (@cnhyv.bsky.social) 2025-12-11T12:07:16.317Z
Embora a perspectiva de revisitar uma das aventuras mais emblemáticas de Lara Croft, agora com uma nova roupagem, tenha sido recebida com considerável entusiasmo, a ideia de um novo remake não é exatamente inédita para a franquia. Conforme apontado por Paul Douglas, o jogo original de Tomb Raider já foi reimaginado e reeditado em diversas ocasiões ao longo dos anos, uma observação que ele não hesitou em fazer.
Por meio da conta CoreDesign_com no Twitter, foi divulgado que Paul Douglas utilizou a plataforma Bluesky para expressar seus sentimentos sobre “Legacy of Atlantis”. Em sua publicação, Douglas incluiu um desenho de um dinossauro e a frase: “Ela está de volta, aparentemente”. A palavra “aparentemente” já carregava um peso significativo, deixando transparecer o ceticismo do cocriador em relação ao novo remake.
Douglas, uma figura fundamental na gênese de Lara Croft, deixou claro em sua postagem que preferiria a “exploração de novos mundos perdidos” em vez de mais um “remake/remaster/reimaginação” de algo que ele e sua equipe “criaram sob intensa pressão nos anos 90”. Apesar de suas ressalvas quanto à repetição, o desenvolvedor fez questão de adicionar que “dinossauros sempre serão legais”, demonstrando um apreço pela presença desses elementos clássicos que povoaram as primeiras aventuras de Lara.
Para contextualizar o comentário de Douglas, é importante lembrar o histórico da franquia. O Tomb Raider original foi portado para inúmeros consoles em seu lançamento inicial. Anos mais tarde, ele ganhou um remake completo intitulado “Tomb Raider: Anniversary”. Mais recentemente, o jogo original foi novamente remasterizado como parte da coleção “Tomb Raider I-III Remastered”, que reuniu os três primeiros títulos da série. Agora, com “Legacy of Atlantis”, a história de Lara Croft está prestes a ser recontada mais uma vez.
Apesar da recepção predominantemente positiva de “Legacy of Atlantis” desde sua revelação, é compreensível que Paul Douglas demonstre um certo grau de ceticismo em relação a ver o primeiro Tomb Raider novamente no centro das atenções. A situação reflete, em parte, a avidez dos fãs por novos conteúdos da série, a ponto de até mesmo um novo retorno à primeira aventura de Lara ser recebido como uma proposta empolgante, especialmente considerando que este novo remake parece evocar mais fielmente a experiência clássica de Tomb Raider.
Contudo, a perspectiva de Douglas parece ter-se suavizado ligeiramente após o anúncio de “Tomb Raider: Catalyst”. Em uma publicação subsequente, Douglas descreveu os dois lançamentos como “o melhor dos dois mundos”. Essa declaração sugere que o cocriador fez as pazes com a existência de “Legacy of Atlantis”, em grande parte porque ele será lançado em conjunto com um jogo completamente novo, “Tomb Raider: Catalyst”, que levará Lara Croft a cenários inéditos, expandindo a mitologia da personagem para além de seu passado.



