Criador de The Witcher explica troca de Cavill por Hemsworth

Criador de The Witcher explica troca de Cavill por Hemsworth

A aguardada quarta temporada de “The Witcher”, disponível na Netflix, apresenta uma reviravolta narrativa significativa que reintroduz o público ao universo do Continente de uma maneira inesperada. A nova fase da série inicia-se com a figura de Stribog, interpretado por Clive Russell, recountando tanto os momentos de glória quanto os desafios enfrentados por Geralt de Rívia. No entanto, o que imediatamente chama a atenção dos espectadores é uma mudança crucial nos detalhes de cenas já conhecidas, como o reencontro de Ciri na floresta e o embate de Geralt com Vilgefortz. A mais notável dessas alterações é a nova interpretação do Lobo Branco, agora personificado pelo ator Liam Hemsworth. (via: gamesradar)

Essa alteração, que vai muito além de uma simples substituição de elenco após a saída de Henry Cavill, é uma escolha narrativa deliberada, concebida pela showrunner e criadora de “The Witcher”, Lauren Schmidt Hissrich. Ela buscou uma abordagem que aprofundasse a exploração da fascinação da série em borrar as linhas entre diferentes formas de contar histórias, um tema recorrente na obra original. Em entrevista ao GamesRadar+, Hissrich revelou que a ideia surgiu em um estágio inicial da produção e se apresentou como uma oportunidade para alcançar dois objetivos distintos e igualmente importantes para a continuidade da saga.

“Eu tive essa ideia bem cedo e pensei que havia uma oportunidade interessante de fazer duas coisas”, explicou Hissrich. A primeira delas diz respeito ao papel do narrador na história, um elemento presente nos livros que a equipe de produção sempre admirou. “The Witcher sempre comenta sobre a importância das histórias, mas também sobre como os contadores de histórias as modificam”, destacou a showrunner. Para ela, essa foi uma maneira perspicaz de comentar sobre a natureza subjetiva da narrativa e como a percepção e a reinterpretação podem moldar a forma como os eventos são lembrados e transmitidos. A escolha de Stribog para recontar esses momentos sublinha essa premissa, introduzindo nuances e diferentes pontos de vista em passagens que os fãs julgavam conhecer.

O segundo objetivo, igualmente relevante, visava abordar um padrão contínuo na série: a separação da família não convencional composta por Geralt, Yennefer e Ciri. Frequentemente divididos pelas vastas terras do Continente, a nova estrutura narrativa ofereceu uma rara chance de reunir os três, mesmo que de uma forma indireta ou através da rememoração. Hissrich enfatizou a necessidade de ver essa família unida, ainda que brevemente. “Precisávamos da oportunidade de vê-los juntos um pouco”, afirmou. Essa estratégia serve como um poderoso lembrete para o público sobre a essência dessa família, o que ela representa e pelo que cada um de seus membros está lutando. É um panorama do “felizes para sempre” de Geralt, um vislumbre dos laços que os mantêm conectados em meio ao caos.

A showrunner complementou que essa abordagem permitiu à equipe “voltar atrás, recriar algumas das cenas mais icônicas, mas também errar nos detalhes e garantir que pareça diferente”. O intuito era oferecer uma sensação de que os eventos estão sendo vistos “de um ponto de vista ligeiramente diferente”, enriquecendo a experiência do espectador e justificando as alterações. Essa recriação não busca apagar o passado, mas sim reinterpretá-lo através de uma nova lente, um artifício que reflete a própria natureza das lendas e contos populares, que se transformam a cada narração.

Além da quarta temporada de “The Witcher”, os assinantes da Netflix também podem assistir a um filme prequel surpresa, intitulado “Rats”, que aprofunda outros aspectos do universo criado por Andrzej Sapkowski. Para os fãs que desejam explorar ainda mais a série, há guias disponíveis sobre o desfecho da quarta temporada e antecipações sobre a próxima, a quinta temporada, prometendo continuar a jornada épica de Geralt de Rívia e seus companheiros.

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