Descubra os requisitos de PC para Deus Ex Remastered

Descubra os requisitos de PC para Deus Ex Remastered

A experiência de jogar em um computador pessoal, para muitos entusiastas, é intrinsecamente diferente da simplicidade oferecida por consoles como o PlayStation 5 ou o Xbox Series X. Enquanto nos consoles basta inserir o disco ou realizar o download para desfrutar de um título, os jogadores de PC são constantemente confrontados com a necessidade de verificar e garantir que as especificações de suas máquinas estejam em conformidade com os requisitos mínimos e recomendados para cada jogo. Contudo, mesmo com uma configuração alinhada, não raro surgem etapas adicionais antes de a diversão começar, como observado em situações mencionadas para títulos como “Borderlands 4” – um ponto que frequentemente gera debate na comunidade. (via: thegamer)

A crescente demanda por hardware robusto é, aliás, uma fonte constante de controvérsia entre os gamers de PC. Os requisitos mínimos para rodar os lançamentos mais recentes parecem disparar a cada nova geração de jogos, elevando o custo de manter uma máquina atualizada. Essa discussão ganhou um novo e inesperado capítulo com a revelação surpresa de “Deus Ex Remastered” durante a recente apresentação PlayStation State of Play desta semana. As exigências de hardware para esta versão revitalizada do clássico foram prontamente classificadas como “absurdamente altas” para um jogo que, em sua essência, tem idade suficiente para ser considerado uma obra marcante da história dos videogames.

As especificações recomendadas para a versão remasterizada de “Deus Ex” vieram à luz por meio de uma publicação nas redes sociais feita por Terak, e não demoraram a provocar um misto de perplexidade e incredulidade. Para rodar o título de forma ideal, os desenvolvedores recomendam que os jogadores possuam uma placa de vídeo RTX 2080, uma GPU de alto desempenho, além de expressivos 16GB de memória RAM. Este patamar de exigência contrasta de forma gritante com a versão original de “Deus Ex”, que ainda está disponível para download e, em sua época de lançamento, era perfeitamente jogável com modestos 64MB de RAM, 16MB de VRAM e um processador Pentium. A diferença, em termos de salto tecnológico, é abissal, mas a questão levantada é se um remaster justifica tal salto para um título com suas origens tão distantes.

A situação se torna ainda mais enigmática e desafiadora quando se compara os requisitos do “Deus Ex Remastered” com os de um título bem mais moderno da própria franquia. “Deus Ex: Mankind Divided”, lançado em 2016 para o que eram então os consoles da geração atual, pedia uma placa de vídeo NVIDIA 970 para ser executado no PC. Em outras palavras, a versão remasterizada de um jogo clássico, que foi originalmente lançado há décadas, tem requisitos de hardware mais elevados do que um jogo da mesma série que foi concebido e lançado em uma era tecnologicamente muito mais avançada, apenas oito anos atrás.

Além das especificações técnicas que deixam muitos com a pulga atrás da orelha, a recepção inicial ao visual do “remaster” também tem sido alvo de fortes críticas. Fãs “hardcore” da franquia, conhecidos por sua dedicação e um olhar apurado para a qualidade dos jogos, têm expressado considerável insatisfação com a qualidade gráfica da nova versão. Alguns chegam a afirmar categoricamente que o título “parece horrível”, o que adiciona uma camada extra de desapontamento a um lançamento que já chega envolto em polêmica.

A combinação de gráficos questionáveis e requisitos de sistema tão elevados – descritos como de “nível ‘Yikes'”, uma expressão que denota surpresa e desaprovação – é um indicativo preocupante. As exigências impostas pelo “Deus Ex Remastered” podem, sem dúvida, afastar uma parcela significativa de jogadores, não apenas por causa das críticas estéticas, mas principalmente pela barreira de entrada financeira e técnica que o hardware recomendado representa. Embora exista a possibilidade de que as especificações mudem entre agora e o lançamento oficial do jogo, a situação atual projeta uma sombra de incerteza sobre o futuro do título e a expectativa da comunidade gamer. A expectativa é que, ou as empresas revisem tais exigências, ou que o resultado final justifique plenamente o investimento em hardware com uma experiência que faça jus ao legado e à importância de “Deus Ex”. O debate sobre a otimização e a acessibilidade dos jogos de PC continua em pauta, e este caso promete ser mais um ponto central nessa discussão.

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