Desenvolvedor de jogo revela estado super-raro nunca alcançado

Desenvolvedor de jogo revela estado super-raro nunca alcançado

A desenvolvedora de jogos AdHoc revelou que, apesar da popularidade de seu título “Dispatch”, há um estado de jogo extremamente raro que, até o momento, nenhum jogador conseguiu desbloquear ou alcançar. A informação, confirmada pelos dados de backend da empresa, indica uma lacuna intrigante na experiência dos jogadores. (via: eurogamer)

Segundo Nick Herman, cofundador da AdHoc, essa situação inusitada está ligada a uma estatística que reflete a performance do jogador no controle de Robert, o protagonista do jogo. Ao final da jornada, “Dispatch” apresenta uma espécie de teste de personalidade, que caracteriza o comportamento de Robert com base nas escolhas feitas pelo jogador. “No final do jogo, fazemos um pequeno teste de personalidade, que diz, por exemplo, ‘seu Robert foi um homem comum’, com base em como você jogou. Ou ‘seu Robert foi um anti-herói'”, explicou Herman em entrevista.

Ele detalhou que existem quatro resultados possíveis para esse teste de personalidade, mas apenas três deles foram observados até agora. “Na verdade, eu vi apenas três aparecerem, e há quatro. Sabemos que o quarto é realmente muito difícil de conseguir, intencionalmente. Essa é uma peça de conteúdo que nunca vi, e temos estatísticas de backend que mostram que talvez ninguém nunca a tenha conseguido”, afirmou Herman.

O cofundador da AdHoc esclareceu que a obtenção desse resultado está intrinsecamente ligada ao desempenho do jogador. “É baseado no desempenho da jogabilidade. Você aperfeiçoou o jogo, essencialmente, é o que isso significa. Não sei se alguém já fez isso”, disse Herman, enfatizando que o desafio se concentra em aperfeiçoar resultados que não são gerados aleatoriamente dentro do jogo. “Nós focamos nos elementos não-RNG [random number generation]”, completou.

Entretanto, há uma ressalva que adiciona uma camada de complexidade ao mistério. Existe a possibilidade de que alguns jogadores, mesmo tendo atuado em “Dispatch” de maneira a merecer esse status elusivo, não tenham tido seus esforços registrados corretamente pelo sistema. “Pode ser apenas um bug”, admitiu Herman com certa casualidade. “É tão difícil de fazer de qualquer forma que pensamos, ‘Bem, é claro que ninguém conseguiu’, mas provavelmente é um bug.” Pierre Shorette, também cofundador da AdHoc e roteirista do jogo, corroborou a suspeita com um toque de humor. “Temos uma permutação que você não viu porque não tem permissão para vê-la, porque nós a quebramos”, brincou Shorette, referindo-se a uma falha potencial.

“Dispatch”, que se apresenta como uma comédia ambientada em um local de trabalho de super-heróis, demonstrou um sucesso comercial notável no início deste ano, alcançando a marca de 2 milhões de vendas. Esse desempenho robusto comprova que ainda existe um forte interesse do público por séries episódicas com narrativa focada na escolha do jogador, similar ao estilo popularizado pela Telltale Games.

Diante do êxito, as atenções se voltam agora para o futuro da franquia. As possibilidades incluem uma sequência ou uma segunda temporada do jogo, além de uma potencial reinstauração de cenas que haviam sido anteriormente removidas. Adicionalmente, “Dispatch” está em destaque esta semana no prestigiado The Game Awards, onde concorre na categoria de Melhor Jogo Independente de Estreia, solidificando seu reconhecimento na indústria. A AdHoc, por meio de seus fundadores, sinaliza que mais detalhes sobre esses e outros tópicos devem ser revelados em breve.

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