A versão japonesa de Dying Light: The Beast recebeu a classificação Z do CERO, a mais alta da entidade japonesa de classificação de jogos, restringindo sua venda para maiores de 18 anos. Segundo o site oficial do jogo, alterações foram feitas em relação à versão internacional para alcançar essa classificação. Estas incluem a remoção de órgãos internos visíveis em modelos de zumbis e objetos do mapa, modificações nos modelos de algumas zumbis femininas, e a eliminação de desmembramentos faciais e de torso, além de toda a nudez. Incomum neste caso, as mudanças também se aplicam à versão Steam do jogo no Japão, apesar de jogos para PC geralmente não passarem pela avaliação do CERO. (via: videogameschronicle)
Este é mais um exemplo de censura aplicada a jogos no Japão, frequentemente por causa de desmembramentos. Anteriormente, Assassin’s Creed Valhalla sofreu cortes semelhantes, com a Ubisoft removendo a capacidade de desmembrar inimigos e alterando a representação de partes do corpo separadas. Em 2022, Suda51 e Shinji Mikami criticaram o CERO após a censura aplicada a Shadows of the Damned: Hella Remastered, reforçando o desafio de desenvolver duas versões do jogo, uma para o mercado japonês e outra para o internacional. Mikami pontuou a situação paradoxal de pessoas que buscam jogos mais adultos terem seu acesso restringido.
O CERO também tem sido alvo de críticas por supostas inconsistências. Shaun Noguchi, gerente geral da EA Japão, acusou a entidade de duplo padrão ao comparar o veto de Dead Space – que teve sua classificação negada, resultando em proibição do jogo em consoles – com a aprovação de Stellar Blade, com classificação D (para maiores de 17 anos), apesar de ambos apresentarem conteúdo gráfico semelhante, incluindo membros decepados e vísceras. Noguchi questionou publicamente a decisão do CERO, apresentando imagens do demo de Stellar Blade como contraponto à justificativa da censura imposta ao remake de Dead Space.
