Em maio, a renomada desenvolvedora FromSoftware, conhecida por seus desafiadores títulos focados em combate e exploração solitária, surpreendeu o mercado ao lançar “Nightreign”, um jogo que representa um afastamento significativo de sua fórmula tradicional. Pela primeira vez, a empresa apostou integralmente no modo cooperativo, entregando o que muitos consideram o jogo mais dinâmico e “brincalhão” de sua história. Embora séries como Dark Souls e Elden Ring ofereçam a possibilidade de convocar aliados ou invadir mundos alheios, Nightreign mergulha de cabeça na experiência de jogo em equipe. (via: eurogamer)
O título apresenta-se substancialmente diferente do que se espera da desenvolvedora de soulsborne, apesar de manter a presença de chefes familiares e um arsenal de armas pontiagudas. Sua jogabilidade é acelerada, elevando o nível de desafio a um patamar ainda mais alto. Para o analista que compartilhou sua experiência, o jogo parece um verdadeiro “parque de possibilidades” que demonstra a versatilidade da FromSoftware e uma celebração de seus trabalhos anteriores. Ele vê em Nightreign uma plataforma ideal para experimentar novos estilos de “builds”, armas e feitiços, explorando diferentes abordagens para alcançar o sucesso, demonstrando um grande apreço pela sua rejogabilidade.
Pela primeira vez em um soulslike da FromSoftware, “Nightreign” exige que seus jogadores trabalhem juntos. Este foco na cooperação, no entanto, pode não agradar a todos. O autor do relato, que já desfrutava de modificações cooperativas em jogos anteriores da FromSoftware, abraçou imediatamente a proposta de Nightreign. No entanto, ele compreende a apreensão de jogadores que esperavam mais uma experiência brutal para um único jogador. Mas, ao superar essa hesitação, Nightreign oferece uma experiência “roguelite” altamente rejogável, que mantém os jogadores sempre atentos. É um jogo que pode ser desfrutado com amigos e estranhos, proporcionando uma satisfação profunda, especialmente quando uma “Expedition” se desenrola conforme o planejado e o formidável “Nightlord” é derrotado. O jornalista descreve alguns de seus melhores momentos nos jogos como tendo ocorrido em Nightreign.
Para ilustrar essa experiência, ele compartilha uma de suas partidas mais memoráveis. Formando equipe com dois estranhos em uma tentativa desesperada de derrotar o chefe final do DLC, os três acabaram jogando com o mesmo personagem, o “Undertaker” — uma composição de equipe que não era a ideal. No entanto, o “Nightlord” no final daquela partida foi surpreendido pela estratégia. Após uma série de chefes derrotados e emotes de celebração, o desastre pareceu iminente: com apenas uma pequena porção da vida do chefe restante, um dos aliados foi derrubado. Embora este seja um cenário comum, onde os jogadores restantes geralmente finalizam o chefe, o jornalista e seu aliado restante souberam que, após uma exibição tão fina de trabalho em equipe, não poderiam encerrar a luta sem o companheiro “Undertaker”. Como se comunicando telepaticamente, eles imediatamente desviaram a atenção para reanimar o colega, permitindo que concluíssem a luta e celebrassem juntos. Segundo o autor, é raro que jogar com estranhos seja tão divertido e triunfante quanto foi essa partida, mas quando tudo se alinha e a aleatoriedade de Nightreign está a seu favor, a sensação de satisfação é épica.
O jornalista expressa admiração pela quantidade de experimentação que permeia e é incentivada em Nightreign, e o que isso significa para o futuro da FromSoftware. A desenvolvedora levou o combate aos seus limites, fornecendo aos jogadores um arsenal de Habilidades e Capacidades (semelhantes às de um “hero shooter”), equipando-os com a capacidade de escalar (uma mecânica básica, mas crucial), enquanto também os força a aprender a importância de itens consumíveis e seus efeitos passivos. Este é um aspecto que o autor havia negligenciado em outros jogos da FromSoftware, mas que promete nunca mais ignorar.
“Nightreign” é um jogo com características de “serviço ao vivo” — um pacote coeso que, em última análise, demanda atualizações e DLCs para aumentar sua longevidade e receita. O analista vê isso não apenas como um caminho para a experimentação contínua na série, mas também como um palco onde a FromSoftware pode testar vários aspectos de combate e observar como isso poderia ser aplicado em seus outros projetos. Se o próximo grande lançamento da FromSoftware conseguir construir sobre os novos elementos incorporados ao combate de Nightreign, ele acredita que os fãs terão mais um sucesso estrondoso. O autor especula sobre a possibilidade de escalar em futuras parcelas, a alternância de corrida (sprint) e a inclusão de mais recursos multiplayer nos próximos jogos, talvez até eliminando a necessidade de modificações para um modo cooperativo ininterrupto.
Além de ser um meio de experimentação para os desenvolvedores, “Nightreign” é também, ou talvez até mais, uma plataforma para a experimentação dos jogadores. Permitiu ao jornalista testar diferentes “builds” e armas em um ritmo empolgante, sem a necessidade de acumular “Larval Tears”. Cada classe possui um conjunto diferente de equipamentos e estatísticas, forçando os jogadores a sair de suas zonas de conforto com “builds” de Força e experimentar personagens como bruxas lançadoras de feitiços, bonecas invocadoras de espíritos ou feras empunhando katanas.
Ele utilizou armas que jamais pensaria em tocar em Elden Ring, descobrindo novas favoritas, como o “Envoy’s Horn”. Também desenvolveu um novo amor por empunhar duas adagas sempre que possível, em contraste com seu uso habitual de Greatswords, Katanas ou Sacred Seals. Mais recentemente, ficou obcecado por “builds” de martelo – apesar de anteriormente detestar sua velocidade lenta –, e seu apreço pelos novos Nightfarer e Undertaker de Nightreign já se manifesta em suas partidas de Elden Ring. A “Rotten Battle Hammer”, por exemplo, mostrou-se surpreendentemente eficaz contra chefes, algo que suas usuais “builds” de Destreza/Fé nunca imaginariam.
Os fãs da FromSoftware podem aguardar “Duskbloods” no Nintendo Switch 2 em 2026, um jogo PvPvE para oito jogadores. Mas, por enquanto, o autor não vislumbra um fim para seu desejo de explorar todas as possibilidades que “Nightreign” ainda pode oferecer.



