Na noite da última sexta-feira, 5 de dezembro, a sede da Rockstar Games em Nova Iorque, localizada na famosa Broadway em Lower Manhattan, foi palco de uma manifestação. O protesto reuniu membros de diversos sindicatos e cidadãos que desejavam expressar solidariedade aos trabalhadores afetados por um suposto escândalo de repressão sindical envolvendo a empresa. (via: rockstarintel)
A iniciativa para o “New York City Rockstar Works Solidarity Rally” partiu da Tech Workers Coalition, que havia anunciado o evento na semana anterior. A escolha da Broadway para o protesto foi estratégica, devido ao intenso fluxo de pedestres na região, garantindo visibilidade significativa para a causa. Além de ser a sede da Rockstar Games, o local também abriga as equipes jurídicas da Take-Two, empresa-mãe da desenvolvedora de jogos. A manifestação em solo americano sublinhou o caráter internacional do apoio, uma vez que a maioria dos trabalhadores supostamente prejudicados está baseada em Edimburgo, na Escócia.
Fotos e vídeos divulgados pela Tech Workers Coalition nas redes sociais mostraram dezenas de pessoas empunhando cartazes com temas inspirados nos populares jogos Grand Theft Auto (GTA) e na própria Rockstar, demonstrando o envolvimento da comunidade e a criatividade dos manifestantes. Entre os participantes, destacaram-se membros do Alphabet Workers Union (AWU-CWA), que se uniram à causa em um claro sinal de apoio intersindical.
Ações como esta em Nova Iorque sugerem a possibilidade de que mais protestos possam ocorrer em outras localidades estratégicas da Rockstar Games, à medida que a disputa trabalhista se desenrola. A situação dos funcionários é uma preocupação crescente, e as mobilizações buscam manter a pressão sobre a empresa.
Enquanto a manifestação ocorria nos Estados Unidos, no Reino Unido, o Independent Workers Union of Great Britain (IWGB) aguarda, em aproximadamente uma semana, uma decisão da Rockstar Games referente a um pedido de medida provisória. Esta medida solicita que a empresa reintegre todos os funcionários demitidos ou que lhes pague salários integrais durante a tramitação do tribunal trabalhista. A expectativa é que qualquer anúncio oficial sobre este pedido seja acompanhado de perto pela imprensa e pelos próprios trabalhadores.
O apoio aos desenvolvedores de GTA 6 não se restringiu apenas às organizações sindicais. Na semana anterior ao protesto em Nova Iorque, o Conselho da Cidade de Edimburgo, onde muitos dos funcionários afetados estão baseados, aprovou medidas para agir contra a Rockstar e oferecer suporte aos desenvolvedores demitidos. Essa decisão do conselho municipal adiciona uma camada de pressão institucional à situação.
Além disso, um significativo número de funcionários atuais da Rockstar Games demonstrou solidariedade aos seus colegas. Mais de 200 empregados redigiram uma carta formal à empresa, exigindo a reintegração dos profissionais demitidos. Essa mobilização interna reforça a gravidade da situação e a preocupação coletiva com as práticas trabalhistas da desenvolvedora.
O cenário em torno da Rockstar Games e da produção de seu aguardado título GTA VI continua em evolução, com desdobramentos importantes tanto nos tribunais trabalhistas quanto nas ruas. Acompanharemos de perto as próximas etapas deste complexo embate.
