Ex-Battlefield atrasa Arc Raiders em 3 anos, jogo não diverte

Ex-Battlefield atrasa Arc Raiders em 3 anos, jogo não diverte

Os últimos anos foram marcados por reviravoltas significativas para Arc Raiders, o aguardado jogo multiplayer desenvolvido pela Embark Studios. O projeto, que capturou a atenção da comunidade gamer desde seu anúncio inicial, passou por um período de intensa reformulação antes de solidificar sua proposta atual. Originalmente, o título foi concebido como uma experiência puramente PvE (jogador contra ambiente), onde os participantes enfrentariam robôs gigantescos em um futuro distante. Essa premissa foi apresentada ao público pela primeira vez durante o renomado evento The Game Awards, em 2021, gerando expectativas consideráveis. No entanto, o feedback proveniente de diversas fontes indicou à equipe de desenvolvimento que a visão inicial não estava se consolidando da forma esperada, o que os levou a revisitar completamente o conceito central do jogo. (via: gamesradar)

Essa decisão de retornar à “prancheta” representou um processo laborioso e intensivo em tempo, especialmente porque ocorreu em um momento em que a equipe acreditava estar na reta final do desenvolvimento. Peter Soderlund, CEO da Embark Studios, explicou em entrevista à revista Edge a dimensão do desafio enfrentado pela equipe. Segundo ele, apesar de amarem cada aspecto do que estavam projetando, a conclusão foi inegável após um longo período de avaliação: “Pessoal, este jogo não está divertido.” Ou, talvez, não estava “divertido o suficiente”, pois havia elementos promissores, mas que não se traduziam em uma experiência de jogo cativante. Foi assim que, a apenas seis meses de uma data de lançamento projetada, o desenvolvimento do jogo retornou aos seus fundamentos mais básicos, visando aprimorar o conceito e torná-lo significativamente mais envolvente para o público.

Foi desse meticuloso processo de redesenho que emergiu a fórmula PvPvE (jogador contra jogador contra ambiente), um modelo que se tornou a base para o novo Arc Raiders. Essa escolha, contudo, não foi isenta de debates intensos, tanto internamente quanto externamente à Embark Studios. A equipe de desenvolvimento da empresa conta com profissionais experientes, muitos dos quais trabalharam em franquias renomadas como Battlefield e Star Wars: Battlefront. Esses desenvolvedores, em particular, almejavam explorar novas direções criativas e estavam, em grande parte, esgotados das experiências predominantemente PvP. No entanto, o componente “vE” de Arc Raiders ofereceu o espaço necessário para incorporar suas ambições criativas, notavelmente com a influência de jogos como Shadow of the Colossus, resultando em inimigos colossais, semelhantes a Kaijus, que percorrem o mapa e adicionam uma camada estratégica única à jogabilidade.

Apesar de a recepção inicial dos jogadores a essas mudanças nem sempre ter sido unânime ou positiva, Peter Soderlund mantinha-se convicto de que a direção que estavam tomando era superior ao que tinham antes. Sua fé e aposta audaciosa começaram a render frutos durante os testes internos, onde o feedback recebido foi extremamente positivo, validando a nova abordagem. Essa confiança foi reforçada pela performance do jogo nas tabelas de desejos da plataforma Steam, onde Arc Raiders permaneceu por semanas, indicando um interesse crescente da comunidade. Esse percurso, marcado por decisões difíceis e reviravoltas conceituais, emerge como um exemplo notável da capacidade de uma equipe de desenvolvimento em adaptar-se e reinventar-se em busca de um produto final superior.

Arc Raiders, agora um extraction shooter com sua proposta PvPvE consolidada, é um título que promete manter a atenção dos jogadores. O público poderá finalmente vivenciar essa jornada de reinvenção e avaliar por si mesmo o resultado de tanto trabalho e dedicação. O lançamento está agendado para o dia 30 de outubro, confirmando a chegada do título ainda neste ano.

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