O universo de Fallout 76 se prepara para receber a aguardada atualização “Burning Springs”, em um momento no qual o jogo continua a evoluir desde seu lançamento turbulento em 2018. No entanto, enquanto os jogadores se preparam para novas aventuras nos Apalaches pós-apocalípticos, uma característica há muito tempo solicitada pelos fãs foi descartada pelos desenvolvedores, ao menos para o futuro próximo. (via: gamerant)
Desde sua estreia, há quase sete anos, Fallout 76 percorreu um caminho complexo. Lançado inicialmente sem NPCs humanos e marcado por problemas técnicos significativos, o título enfrentou uma recepção morna. A experiência de mundo aberto, embora vasta, sofria com a percepção de um cenário desolado, carente de interações humanas que são uma marca registrada da franquia. Contudo, a trajetória do jogo começou a mudar drasticamente com a chegada da atualização “Wastelanders”, que, em resposta direta ao feedback dos jogadores, introduziu os tão desejados personagens não-jogáveis controlados por inteligência artificial. Essa virada foi crucial para melhorar a impressão geral sobre o jogo, solidificando uma base de fãs engajada.
Recentemente, em uma entrevista de mesa-redonda com a imprensa, os desenvolvedores John Rush e Bill Lacoste discutiram os detalhes da vindoura “Burning Springs” e abordaram diversas questões levantadas pela comunidade. Entre os tópicos mais esperados pelos fãs, a funcionalidade de crossplay e cross-save – que permitiria aos jogadores interagirem entre diferentes plataformas e transferir seu progresso – foi um dos destaques.
Lacoste e Rush esclareceram que, no momento, a equipe não tem planos para implementar essas funcionalidades. De fato, a perspectiva para sua adição no futuro parece bastante improvável. Bill Lacoste explicou que, dado que Fallout 76 está prestes a completar sete anos de existência, introduzir uma característica tão complexa e abrangente como o crossplay representaria um “enorme obstáculo técnico”. Ele detalhou que esse tipo de recurso precisa ser cuidadosamente considerado e integrado desde as fases iniciais de desenvolvimento de um jogo.
Embora Lacoste não tenha descartado a possibilidade de forma absoluta, ele ressaltou que a prioridade atual da equipe está concentrada em criar novos conteúdos que mantenham a base de jogadores existente satisfeita e engajada. O foco é expandir o universo do jogo com novas narrativas, missões e eventos, em vez de investir os vastos recursos necessários para uma integração de crossplay em um título com sua idade e estrutura já consolidadas.
John Rush complementou a discussão, afirmando que a equipe discute a possibilidade de crossplay e cross-save regularmente e que a ideia não foi completamente esquecida. No entanto, ele usou uma expressão que resume bem a situação: “não é um não definitivo, mas definitivamente não é um sim”. Para os jogadores que há anos esperavam poder jogar com amigos em plataformas diferentes ou transferir seu progresso sem interrupções, a notícia representa uma frustração, pois parece que essas funcionalidades não estão nos planos para o futuro previsível.
Apesar deste posicionamento sobre o crossplay, há muitos elementos empolgantes a serem aguardados em Fallout 76. A próxima atualização, “Burning Springs”, promete trazer uma vasta gama de novidades para a experiência dos jogadores. A Bethesda Game Studios está preparando novas missões que se aprofundarão na lore do jogo, além de expandir o mapa com regiões inéditas para explorar. Um dos grandes destaques é a introdução de um novo sistema de recompensas, que contará com a participação de ninguém menos que O Ghoul, personagem icônico da aclamada série de TV Fallout produzida pela Prime Video, reforçando a conexão entre o jogo e a adaptação televisiva.
As prévias iniciais da atualização “Burning Springs” têm gerado feedback positivo da crítica e da comunidade, indicando que o conteúdo será bem recebido. Contudo, os fãs terão que aguardar até dezembro para conferir as novidades por conta própria e formar sua própria opinião sobre a mais recente expansão de Fallout 76, um jogo que, apesar dos desafios iniciais e das decisões difíceis, continua a construir e expandir seu legado nos Apalaches.
