A Activision, gigante por trás da popular série de jogos Call of Duty, anunciou uma mudança significativa em sua estratégia de lançamentos anuais. A partir de agora, a franquia não terá mais entradas consecutivas das subséries Modern Warfare e Black Ops, uma decisão que vem após a recepção negativa de Call of Duty Black Ops 7 por parte de críticos e jogadores, além de preocupantes relatórios de vendas em toda a indústria de videogames. (via: eurogamer)
A informação foi detalhada em uma publicação oficial no blog da equipe de Call of Duty, que inclui estúdios renomados como Treyarch, Sledgehammer, Infinity Ward e Raven Software. No comunicado, a equipe reconheceu abertamente que a franquia “não atendeu” às expectativas de muitos jogadores nos últimos tempos. “Com relação a Black Ops 7, nós nos propusemos a entregar um sucessor espiritual para Black Ops 2, e os estúdios dedicaram sua paixão para criar um jogo do qual todos nós nos orgulhamos muito”, afirmou a publicação. No entanto, o texto ressaltou que, mais importante do que as palavras da equipe, “cabe a vocês experimentarem e julgarem por si mesmos”.
Diante desse cenário, a equipe de Call of Duty está implementando ajustes em sua estratégia. Como medida imediata, o modo multijogador de zumbis de Black Ops 7 será disponibilizado para um teste gratuito, acompanhado de um fim de semana de XP em dobro na próxima semana. O objetivo é permitir que jogadores indecisos sobre a compra do título possam “experimentar o jogo em primeira mão e decidir” por conta própria. Além disso, a equipe se comprometeu a um “suporte sazonal sem precedentes” para Black Ops 7, prometendo que “não descansará” até que o jogo “conquiste seu lugar como um dos melhores títulos Black Ops já feitos”.
A mudança mais impactante, no entanto, é a nova política de lançamentos. Os estúdios afirmaram que não haverá mais lançamentos consecutivos de jogos das subséries Black Ops ou Modern Warfare, prática que foi observada em 2022 e 2023. A justificativa para essa alteração é “garantir que forneçamos uma experiência absolutamente única a cada ano”, conforme detalhado no blog. A equipe busca impulsionar “inovações que sejam significativas, não incrementais”. Embora os planos específicos para o futuro não tenham sido divulgados no momento, a empresa prometeu compartilhá-los “quando a hora for certa”.
Apesar dos desafios recentes, a equipe da Activision mantém uma perspectiva otimista para o futuro da franquia. A empresa acredita que o futuro de Call of Duty é “forte” e que seus “melhores dias estão à frente, dada a profundidade e o talento” de suas equipes de desenvolvimento. A publicação finalizou com a promessa de que estão “construindo a próxima era de Call of Duty”, que entregará “precisamente o que vocês querem, juntamente com algumas surpresas que impulsionarão a franquia e o gênero”. A mensagem encerra convidando os jogadores a se engajarem, prometendo ouvi-los e “avançar juntos”.
Paralelamente à discussão sobre a estratégia de lançamentos e o desempenho de vendas, Black Ops 7 também se tornou alvo de controvérsia por uma aparente utilização de inteligência artificial generativa em seu desenvolvimento. A questão ganhou relevância e foi levantada pelo congressista norte-americano Ro Khanna, que usou o caso da Activision Blizzard para destacar a urgência de regulamentações sobre IA nos Estados Unidos da América.
Analistas do setor também se manifestaram sobre o desempenho de Black Ops 7. Connor, jornalista especializado, conversou recentemente com o analista Rhys Elliott e Chris Dring, da The Game Business, que abordaram as razões pelas quais Call of Duty Black Ops 7 não alcançou as expectativas neste ano, refletindo um momento de cautela e reavaliação no mercado de jogos.



