Com a expectativa crescente para a estreia da quarta temporada de “The Witcher” ainda este mês, o foco das discussões entre os fãs e na imprensa permanece inegavelmente centrado na saída de Henry Cavill do papel de Geralt de Rívia. A substituição do aclamado ator por Liam Hemsworth na pele do protagonista da popular série de fantasia tem gerado um intenso debate, colocando o novo intérprete sob os holofotes de uma comunidade de admiradores globalmente conhecida por sua paixão e exigência. (via: thegamer)
A transição na liderança do elenco principal provocou uma onda de comentários nas redes sociais e em fóruns especializados, com uma parcela dos espectadores expressando insatisfação e preocupação com o futuro da produção sem Cavill. No entanto, é importante notar que uma porção significativa da comunidade de fãs tem direcionado suas críticas não a Liam Hemsworth, mas sim à equipe de produção e aos rumos criativos da série. A percepção predominante é que a mudança não se deve a uma falha de Hemsworth, mas a decisões tomadas nos bastidores, o que, de certa forma, alivia parte do fardo sobre o novo ator, mas não diminui a complexidade de sua missão. Esse cenário de fervorosa discussão pública, marcado por opiniões fortes e expectativas elevadas, adicionou uma camada extra de pressão sobre Hemsworth, que se viu diante do desafio de assumir um papel icônico em uma franquia já estabelecida e com uma base de fãs visceralmente ligada aos seus personagens.
Diante do burburinho e da imensa responsabilidade, Liam Hemsworth optou por abrir-se sobre a experiência de assumir o manto do bruxo e como tem lidado com o turbilhão de opiniões. Em uma entrevista concedida ao portal IGN, o ator australiano compartilhou suas reflexões sobre a singularidade da situação e sua abordagem para encarnar Geralt de Rívia.
Hemsworth descreveu a jornada como uma “experiência maravilhosa” e uma “situação única”, dada a natureza incomum de integrar-se a uma produção de sucesso onde outro ator já havia desempenhado o papel principal por um período considerável. Ele não hesitou em reconhecer a existência de “muita conversa dos fãs e opiniões”, mas qualificou essa efervescência como algo “ótimo”. Segundo o ator, “esta série tem fãs muito apaixonados que se importam com esses personagens e se importam com este mundo. Eu aprecio isso. Eu entendo isso”. Essa declaração reflete um respeito genuíno pela devoção dos espectadores e uma compreensão profunda da conexão emocional que eles estabeleceram com o universo de “The Witcher”, seja através dos livros, dos jogos ou da própria série.
Além de sua perspectiva sobre o cenário externo, Hemsworth também revelou ser um fã da própria série e de seus cativantes personagens. Essa afinidade pessoal impulsionou sua dedicação. Por essa razão, ele dedicou-se intensamente ao seu papel como Geralt, com o objetivo claro de entregar uma interpretação que fosse “aterrada” e “autêntica”. A busca por uma representação fiel, que ressoasse tanto com a essência do personagem quanto com as expectativas do público, foi uma prioridade para o ator, que expressou sua sincera esperança de que “o público aprecie o personagem e minha interpretação dele”, sublinhando seu compromisso em honrar o material original e a rica mitologia de “The Witcher”.
No que diz respeito à influência do aclamado jogo “The Witcher 3: Wild Hunt” em sua preparação para o papel, Hemsworth compartilhou uma visão pragmática. Ele chegou a tentar jogar o título, que é amplamente considerado uma obra-prima e uma das maiores referências do universo do bruxo, mas concluiu que a experiência não seria de grande ajuda direta para o seu trabalho como Geralt de Rívia para a série. O motivo, explicou ele à IGN, estava ligado à complexidade de gerenciar sua performance com a imersão em um jogo extenso: “Eu tinha acabado de começar a jogar [como Geralt] e pensei: ‘Não sei quantos minutos ou horas posso passar andando por aí como este personagem agora enquanto gravo a série ao mesmo tempo’.” A demanda de tempo e energia para as filmagens tornava a imersão profunda no jogo um obstáculo, não uma ferramenta.
Hemsworth comentou que, apesar da breve tentativa, o jogo o “lembrou do que experimentei anos atrás quando joguei”, indicando que ele já tinha uma familiaridade prévia com o universo do game. No entanto, para a construção imediata do personagem para as telas, ele reiterou que a imersão nos vastos cenários virtuais de “The Witcher 3” não se mostrou uma ferramenta decisiva para a sua construção do personagem naquele momento específico. Ele foi direto ao afirmar: “Mas sim, não parecia que seria muito útil para a minha experiência naquele momento”, reafirmando a prioridade em focar nas nuances de sua performance para a série televisiva. A tarefa de dar vida a Geralt, com toda a sua complexidade e o peso de expectativas, é um desafio que Liam Hemsworth aborda com uma mistura de respeito, dedicação e uma consciência clara das singularidades envolvidas.
