Monster Hunter Wilds ganha roadmap de otimização, e ainda frustra fãs

Monster Hunter Wilds ganha roadmap de otimização, e ainda frustra fãs

A Capcom divulgou recentemente o trailer oficial da Atualização de Título 4 de Monster Hunter Wilds, com lançamento previsto para 16 de dezembro. Embora o novo conteúdo, que inclui o retorno do Dragão Ancião Gogmazios, gere expectativa, a atenção dos jogadores se voltou principalmente para outra informação revelada pela Capcom nas últimas 24 horas: um roteiro de otimização de desempenho para a versão de PC do jogo. As novidades foram apresentadas durante um evento especial anunciado na semana passada, no qual o diretor do jogo fez um apelo para que os jogadores “voltem a jogar o título”. (via: eurogamer)

O roteiro de otimização foi estruturado em três fases distintas. A primeira delas contempla melhorias que chegarão já na próxima semana, integradas à Atualização de Título 4. A segunda fase está planejada para janeiro de 2026, com a terceira e última etapa de otimização agendada para fevereiro de 2026. Essas atualizações haviam sido prometidas pela desenvolvedora desde agosto deste ano.

A primeira leva de melhorias, a ser implementada na próxima semana, visa corrigir e aprimorar a otimização de CPU e GPU, com foco em melhorias de processamento aplicáveis a todas as plataformas. Para isso, a Capcom realizou atualizações em elementos como o processamento de quadros, a detecção de colisões e a quantidade de efeitos exibidos na tela simultaneamente. A desenvolvedora tem como objetivo reduzir a carga sobre a CPU e a GPU por meio da “redução de processos desnecessários” e promete mais de 100 aprimoramentos para melhorar o funcionamento do jogo. Esta etapa beneficiará tanto as versões para console quanto para PC.

Em janeiro de 2026, a atualização promete trazer diferenças mais notáveis. Nesta fase, a Capcom introduzirá “novas configurações gráficas e de CPU, bem como novos presets, fornecendo opções adicionais para reduzir a carga de processamento”. As melhorias incluirão o aprimoramento do processo de compilação de shaders, um ponto que tem sido apontado como central para os problemas de desempenho de muitos jogadores de PC, e a otimização do uso de VRAM. A equipe de desenvolvimento também trabalha em uma forma de melhorar o streaming do pacote de texturas de alta resolução, outro gargalo aparente para os usuários de PC.

Finalmente, em fevereiro de 2026, a otimização geral será complementada pela adição de níveis de qualidade de detalhe (LOD) para a malha de polígonos dos modelos 3D. Em termos mais simples, essa funcionalidade auxiliará na redução da carga sobre a GPU. Esta última etapa de otimização será exclusiva para a versão de PC.

Apesar de as promessas soarem bem, a reação da comunidade de jogadores tem sido de insatisfação. Em fóruns online, a crítica é que a otimização está sendo entregue a conta-gotas. “Eles estão até mesmo liberando otimização a conta-gotas, que piada”, escreveu um usuário no Reddit. Outro comentou: “Puxa, imagine se o jogo tivesse sido otimizado no lançamento, eu poderia ter jogado mais de 30 horas antes de nunca mais tocar nele”. Um terceiro jogador questionou a prioridade das ações: “Parece que eles empurraram as coisas que realmente fariam diferença para o patch de janeiro. Não entendo por que não estão focando nos itens mais impactantes primeiro. Nem teremos LOD de monstros até fevereiro? Isso deveria ter sido lançado junto com o jogo!”.

As críticas dos jogadores têm fundamento, pois essas questões de desempenho afligem Monster Hunter Wilds desde seu lançamento em fevereiro de 2025. Embora a Capcom tenha reconhecido os problemas, a editora tem sido lenta na implementação de atualizações que efetivamente resolvessem as preocupações da comunidade. Essa demora resultou em um “bombardeio” de avaliações negativas, vendas abaixo do esperado para o jogo fora da janela de lançamento e quedas no preço das ações da Capcom.

Há também uma preocupação crescente entre a audiência de Monster Hunter de que uma futura expansão, similar a Iceborne de Monster Hunter World ou Sunbreak de Rise, possa desfazer todo o trabalho de otimização, revertendo o desempenho aos níveis do lançamento. Existe um precedente para essa preocupação, dado que algo similar ocorreu com Iceborne.

Existe um jogo de qualidade por trás de todos esses problemas de desempenho. A expectativa é que as atualizações consigam resolver a maior parte das questões para o público de PC, que se sente preterido devido aos problemas persistentes com a RE Engine da Capcom. Contudo, um ano após o lançamento do jogo, resta saber se essas melhorias não virão tarde demais para reconquistar a confiança e o interesse de parte dos jogadores. A resposta para essa questão só será conhecida nos próximos meses.

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