Quando Death Stranding foi lançado, o jogo de Kojima foi rapidamente apontado como um simulador de caminhada, com direito a memes envolvendo entregas e os Correios, mas depois mostrou a que veio, com sua experiência única que recebeu críticas positivas da imprensa mundial e dez indicações no The Game Awards 2019, vencendo em três, embora muitos tenham criticado sua jogabilidade e ritmo.
Agora, quem se apresentou genuinamente um simulador de caminhada, foi Baby Steps, jogo que abriu o State of Play desta quinta-feira (14). Nele, o protagonista Nate embarca em uma missão para ficar de pé. Vestindo um pijama de macacão, sua missão é conseguir dar um passo de cada vez.
A jogabilidade envolve um esquema de controles “literalista e divertido permite que você comande cada passo de Nate com o controle DualSense, desde erguer cada pé individualmente até escolher onde pisar,” explicou o desenvolvedor Maxi Boch em publicação no PlayStation Blog.
Assista o vídeo de gameplay:
Boch continua, dizendo que ao controlar Nate é preciso ter cuidado onde pisa, pois cada superfície possui simulação física. O jogador deve tentar não cair enquanto guia personagens em “diversos terrenos complicados”.
“Não tem a ver só com chegar ao topo, mas também com os tropeços ao longo do caminho,” ele esclarece. “É importante tentar entender como superar cada obstáculo ou achar outra forma de subir quando não conseguir. Tentar aprender com os erros e depois usar isso na sua jornada, graças a um sistema totalmente dinâmico de contato com o pijama. E tentar dar o primeiro passo e depois repeti-lo em sequência até começar a andar, depois descobrir como cada obstáculo de terreno funciona, até finalmente entrar no ritmo hipnótico da caminhada.”
Assim como o jogo pode não despertar o interesse de muitos, Nate no início também não está nada interessado em enfrentar o mundo fora de casa desde o menu, que demonstra seu estilo de vida recluso que ele tem em um porão na casa de seus pais. “É de lá que ele é arrastado para um ritual de passagem, literalmente.” diz Boch. “É uma variação de uma narrativa isekai tradicional porque ele é teletransportado para um reino misterioso e acaba se percebendo como um personagem normal e sem importância, em vez do ‘escolhido’ da profecia.”
Ao longo de sua jornada, o personagem faz amizade com a fauna local, encontra rivais que o provocam e o diminuem. É quando Nate tenta não revelar o quanto está “perdido e confuso”. A narrativa do jogo tenta contar essa história de uma forma divertida e leve com muita improvisação durante as cenas e diálogos.
A dublagem de Baby Steps é feita pelos desenvolvedores
Boch revela que eles próprios estão fazendo a dublagem do game, gravando e experimentando até encontrarem o humor de cada cena. “Essa abordagem sem muito planejamento acontece graças à edição nada convencional, que deixa risadas e cortes no meio de tudo, e à dinâmica divertida entre Cuzziilo e Foddy, dando um estilo de comédia único para Baby Steps.” Os sons são criados a partir de amostras ambientais e o estado mental do Nate faz com que ele viva “uma alucinação musical” envolvendo galhos que se dobram e rangem, grilos cantando, o vento passando por árvores e arbustos conforme o ritmo e os pássaros piam e cantam junto. “Cada ambiente contém sons e ritmos inéditos que compõem uma trilha sonora infinita, única e gerada de maneira procedural.”
Baby Steps chega ao PS5 em 2024, cuja proposta de desafio é “simples e, ao mesmo tempo, infinitamente complexo”, antecipa desenvolvedor. “Acrescente uma pitada de narrativa profunda e profundamente boba e termine com um cenário visual e sonoramente surreal. Isso é o Baby Steps.”
No final do trailer Nate aparece sob um Skate, Boch não comentou sobre esse ponto da jogabilidade, mas é interessam tente ver que o jogo não se limitará apenas a caminhadas de Nate, cujos pés terão que descansar em algum momento.