The Last of Us Parte 3 pode nunca acontecer, diz criador

The Last of Us Parte 3 pode nunca acontecer, diz criador
Imagem/Reprodução

Desde o lançamento do primeiro The Last of Us em 2013, a franquia se consolidou como uma das mais impactantes e aclamadas da indústria dos games. Com uma narrativa profunda e personagens cativantes, a série conquistou milhões de fãs ao redor do mundo. No entanto, de acordo com Neil Druckmann, co-presidente da Naughty Dog e principal mente criativa por trás dos jogos, um terceiro título pode nunca se tornar realidade.

“Não aposte que haverá mais The Last of Us. Isso pode ser tudo.” — Neil Druckmann em nova entrevista à Variety.

Essa declaração levanta questionamentos sobre o futuro da franquia e sugere que, apesar do sucesso, a história de Joel e Ellie pode ter chegado ao fim.

O caminho até aqui: Dos games à TV

O sucesso de The Last of Us não se limitou aos videogames. A adaptação da HBO, comandada por Craig Mazin e Neil Druckmann, expandiu ainda mais o impacto da franquia, conquistando tanto os fãs dos jogos quanto um novo público.

Desde o início, Mazin e Druckmann demonstraram sintonia criativa. Quando se conheceram, Druckmann mostrou a Mazin uma cena de The Last of Us Part II, que ainda não havia sido lançado. A confiança mútua levou rapidamente ao desenvolvimento da série, que se tornou um fenômeno da televisão.

Após sua estreia em janeiro de 2023, The Last of Us alcançou uma média de 32 milhões de espectadores nos primeiros 90 dias e recebeu 24 indicações ao Emmy. A segunda temporada, que estreia em 13 de abril, promete explorar os eventos do segundo jogo e trazer desafios ainda maiores para os personagens e para os criadores da série.

Os desafios de adaptar The Last of Us Part II

Diferente do primeiro jogo, que possuía uma estrutura narrativa mais linear e focada na relação entre Joel e Ellie, The Last of Us Part II trouxe uma abordagem mais arriscada. O enredo não apenas separa os protagonistas, mas também desafia os jogadores a enxergarem a história de diferentes perspectivas, incluindo a de Abby, personagem que será interpretada por Kaitlyn Dever na série.

Além disso, a complexidade da trama exigiu que a adaptação fosse dividida em múltiplas temporadas. Para Mazin, esse desafio era motivador:

“Uma das notas que mais me incomoda é ‘Adoramos isso — queremos mais!’ Não. Você ama porque é a quantidade certa. Se fizer mais, perde o que torna especial.” — Craig Mazin

As mudanças na adaptação incluem a introdução de Eugene, personagem mencionado no jogo mas nunca visto. Na série, ele será interpretado por Joe Pantoliano e terá um papel mais relevante na história. Essa abordagem é similar ao episódio de Bill e Frank na primeira temporada, que expandiu a narrativa além do material original.

A Relação entre Joel e Ellie e o impacto na segunda temporada

A separação entre Joel e Ellie será um dos aspectos centrais da nova temporada. Pedro Pascal (Joel) e Bella Ramsey (Ellie) comentaram sobre como essa mudança impactou a experiência de filmagem:

“Enquanto Bella e eu estamos para sempre conectados, não tê-la por perto durante toda a segunda temporada foi uma separação cruel.” — Pedro Pascal

Para Ramsey, essa transição refletiu o amadurecimento de Ellie:

“Foi uma temporada mais solitária para Ellie. Mas não digo isso de forma negativa.” — Bella Ramsey

A relação entre os personagens será explorada sob uma nova ótica, trazendo mais camadas emocionais à história.

Abby e as Controvérsias

A introdução de Abby em The Last of Us Part II gerou fortes reações entre os fãs. No jogo, a personagem possui uma aparência física robusta, algo que não se refletirá diretamente na adaptação televisiva. Kaitlyn Dever, que assume o papel na série, não possui a mesma constituição física da versão digital, mas Druckmann enfatiza que a escolha foi baseada no talento da atriz:

“Queríamos trabalhar com Kaitlyn. Não valia a pena continuar procurando alguém que apenas se parecesse fisicamente com Abby.” — Neil Druckmann

A recepção da personagem na série é um dos aspectos mais aguardados da nova temporada. No jogo, Abby se tornou alvo de ataques misóginos e ameaças após vazamentos antes do lançamento oficial. Druckmann e sua equipe enfrentaram um período difícil com as críticas, mas ele agora se sente mais confiante:

“Eu amo as mudanças que fizemos. É uma versão diferente da história, mas sua essência continua lá.” — Neil Druckmann

Haverá um The Last of Us Part III?

O futuro da franquia nos games permanece incerto. Embora a série da HBO deva continuar por pelo menos mais uma temporada, Druckmann deixa claro que um terceiro jogo não está garantido:

“Não aposte que haverá mais The Last of Us. Isso pode ser tudo.” — Neil Druckmann

Embora essa declaração possa frustrar os fãs que esperam uma continuação, ela também reforça a filosofia da Naughty Dog de não prolongar histórias apenas pelo sucesso comercial. Para Mazin, essa abordagem também se aplica à série de TV:

“Não queremos que as pessoas esperem quatro anos por um final de 17 episódios.” — Craig Mazin

Isso indica que, embora a segunda temporada esteja garantida, a duração total da adaptação ainda está em aberto.

O impacto de The Last of Us na cultura pop é inegável. Desde o lançamento do primeiro jogo até a aclamada adaptação para TV, a franquia tem desafiado expectativas e redefinido o que é possível em narrativas interativas e televisivas.

Seja nos games ou na televisão, o futuro da história de Joel e Ellie continua em aberto. Se The Last of Us Part III será desenvolvido ou não, resta apenas aguardar para ver quais caminhos a Naughty Dog e a HBO seguirão.