A série de televisão “Halo”, adaptação da renomada franquia de videogames, encontrou um novo fôlego ao ser disponibilizada na Netflix, rapidamente escalando as paradas de popularidade e se tornando um dos programas mais assistidos da plataforma. Este sucesso vem após um período turbulento, que culminou com o cancelamento da produção pela Paramount+. (via: ign)
A primeira temporada de “Halo” estreou em março de 2022 na Paramount+, mas a produção enfrentou dificuldades desde seu lançamento. Embora a Paramount+ não tenha divulgado publicamente os números de audiência, indicando um desempenho abaixo do esperado, a série foi eventualmente cancelada após duas temporadas. A decisão de descontinuar a adaptação deixou os fãs e a indústria questionando o futuro da franquia na televisão.
No entanto, com sua chegada à Netflix, “Halo” inverteu completamente sua trajetória. A série subiu rapidamente nas classificações e, atualmente, figura como o quarto programa de televisão mais popular nos Estados Unidos, de acordo com o ranking da plataforma. Esse ressurgimento inesperado reacende o interesse na adaptação e demonstra o poder de alcance de diferentes serviços de streaming.
Um dos pontos mais polêmicos da série, desde seu lançamento original, foi a decisão de mostrar o Master Chief, protagonista icônico da franquia de jogos, removendo seu capacete. Este ato nunca havia sido visto nos videogames, que contam com décadas de existência, gerando um debate intenso entre os fãs. O ator Pablo Schreiber, que interpreta o Master Chief (também conhecido como John-117) na série, defendeu veementemente a escolha dos produtores.
Schreiber argumentou que a remoção do capacete era essencial para a narrativa e o desenvolvimento do personagem. Segundo o ator, “pessoas que não sentem que o capacete era necessário para ser retirado, estão em uma concepção muito inicial do que a série poderia ser”. Ele explicou que, “para examinar a discrepância entre essas duas versões do personagem [Chief e John-117], você não pode contar essa história sem tirar o capacete. Se você não concorda com a retirada do capacete na série, você não gosta da nossa série. Então, não há sentido em discutir isso.”
O projeto de uma série televisiva baseada em “Halo” teve um longo período de gestação, com o desenvolvimento inicial começando já em 2013. As filmagens, no entanto, só foram iniciadas pela Paramount+ em 2019. Além de Pablo Schreiber como Master Chief, o elenco principal da série contou com nomes como Natascha McElhone, Jen Taylor, Bokeem Woodbine, Shabana Azmi, Natasha Culzac, Olive Gray, Yerin Ha, Bentley Kalu, Kate Kennedy, Charlie Murphy e Danny Sapani. A primeira temporada teve a condução de Kyle Killen e Steven Kane, enquanto David Wiener assumiu a liderança para a segunda temporada.
Apesar do entusiasmo inicial e da longa espera pela produção, a recepção crítica da série “Halo” foi mista. A IGN, um dos principais portais de notícias sobre jogos e entretenimento, atribuiu à segunda temporada uma nota de 6/10. Em sua análise, o portal escreveu que, “apesar de suas melhorias em relação à temporada anterior, a segunda temporada de ‘Halo’ ainda parece muito insossa e superficial para ter qualquer apelo além de sua ação.”
O percurso de “Halo” na televisão reflete a complexidade das adaptações de videogames, que podem tanto falhar quanto alcançar grande sucesso. Recentemente, outras adaptações de jogos tiveram um desempenho notável em plataformas de streaming. A série “Fallout”, por exemplo, foi um grande sucesso no Prime Video, enquanto “The Last of Us”, da HBO Max, estabeleceu recordes de audiência, demonstrando o vasto potencial do gênero quando bem executado. A reviravolta de “Halo” na Netflix adiciona um novo capítulo a essa narrativa de ascensão e queda, provando que, às vezes, um novo lar pode ser a chave para o sucesso.
As informações e análises sobre o desempenho da série “Halo” foram originalmente reportadas por Vikki Blake, jornalista da IGN, com mais de 15 anos de experiência como repórter, crítica, colunista e consultora em algumas das maiores publicações e sites de jogos do mundo.