A Rockstar Games, renomada desenvolvedora por trás de títulos mundialmente famosos como a série Grand Theft Auto, encontra-se novamente sob escrutínio, desta vez acusada de empregar táticas questionáveis contra ex-desenvolvedores do aguardado GTA VI. As novas alegações vêm do Independent Workers Union of Great Britain (IWGB), que respondeu publicamente a um comunicado emitido pela empresa. (via: rockstarintel)

O embate mais recente teve início após a Rockstar divulgar, em uma quinta-feira, uma declaração na qual afirmava que funcionários haviam sido demitidos por supostamente vazar “recursos de jogos de títulos futuros e não anunciados”. Esta manifestação da empresa ocorreu em um momento de intensa pressão, com o primeiro-ministro do Reino Unido tendo anunciado uma investigação sobre o escândalo envolvendo a Rockstar.
Diante do crescente escrutínio político, tanto em âmbito local quanto nacional, a Rockstar cedeu à pressão e permitiu que políticos britânicos visitassem seu escritório em Edimburgo para uma reunião. No entanto, o encontro deixou os parlamentares com a impressão de que “muito ficou a desejar”, sinalizando a insatisfação com as explicações ou o progresso obtido.
Em resposta à postura “rígida” da Rockstar, o IWGB decidiu apresentar seu próprio ponto de vista. Em um comunicado fornecido ao portal GTABase, o sindicato criticou veementemente a declaração da empresa, classificando-a como “repleta de falsidades e desinformação”. O IWGB apontou que a Rockstar teria oferecido diversas justificativas conflitantes para as demissões, levantando sérias dúvidas sobre a transparência do processo.
Para o IWGB, essas inconsistências sugerem uma possível tentativa da empresa de “engenharia reversa para criar uma justificativa para as demissões”. O sindicato prosseguiu em sua declaração, afirmando que a Rockstar “optou por descaracterizar a fala de trabalhadores sobre suas condições de trabalho em um fórum privado como ‘vazamento de informações’”. De acordo com o IWGB, é difícil interpretar essa declaração “como algo diferente de uma tentativa desesperada de desviar a atenção do escrutínio global que têm sofrido no último mês”. A entidade também descreveu as ações da empresa como um “ataque sem lei” contra os trabalhadores afetados.
A situação atual é um desdobramento de eventos anteriores que já haviam colocado a Rockstar em uma posição delicada. Na semana anterior à nova controvérsia, o Conselho da Cidade de Edimburgo havia aprovado uma moção para apoiar os funcionários da Rockstar Games impactados pelo que foi descrito como um “suposto escândalo de anti-sindicalismo”. Essa moção sublinha a gravidade das alegações e o nível de preocupação manifestado por órgãos governamentais locais.
Em um sinal adicional da repercussão internacional e da insatisfação gerada pelas ações da empresa, um protesto foi realizado em frente à sede da Rockstar Games em Nova York, na sexta-feira. A manifestação destaca a amplitude do descontentamento e o apoio contínuo aos trabalhadores envolvidos na disputa.
À medida que as acusações e contra-acusações continuam a se desenrolar, a Rockstar Games permanece no centro de um debate complexo sobre direitos trabalhistas, transparência corporativa e a ética nas relações com seus desenvolvedores, especialmente em um momento de grande expectativa para seus futuros lançamentos. O caso continua a atrair a atenção de sindicatos, políticos e da comunidade gamer global.



