Após quase seis anos de seu lançamento original, o aguardado “Final Fantasy 7 Remake” está finalmente programado para chegar a consoles além do PlayStation em janeiro de 2026. A notícia marca uma expansão significativa para um dos títulos mais aclamados dos últimos anos, que fará sua estreia em plataformas como o Xbox e, notavelmente, o futuro Nintendo Switch 2. (via: gamesradar)
A chegada do jogo ao próximo console da Nintendo foi um tópico de grande interesse e especulação entre os fãs. Naoki Hamaguchi, co-diretor de “Final Fantasy 7 Remake” e diretor de “Rebirth”, que é a segunda parte da trilogia, ofereceu clareza sobre as razões pelas quais o título não foi considerado para o Nintendo Switch original e por que o Switch 2 se tornou uma oportunidade tão atraente.
Em entrevista concedida ao portal Nintendo Everything, Hamaguchi abordou as origens da versão do JRPG para o Switch 2. Ele explicou que, no passado, a Square Enix chegou a experimentar com versões em nuvem de alguns de seus títulos para o Nintendo Switch original. Como exemplo, citou a franquia “Kingdom Hearts”, que teve jogos lançados nessa modalidade para a plataforma. Essa estratégia, adotada por outras grandes editoras como Capcom e Ubisoft, permitiu que jogos graficamente exigentes chegassem ao console, ainda que com a dependência de uma conexão constante e estável com a internet.
No entanto, segundo Hamaguchi, essa abordagem de nuvem não se mostrou adequada para “Final Fantasy 7 Remake”. O diretor destacou que as características e demandas técnicas do jogo o tornavam incompatível com a experiência que uma versão em nuvem poderia oferecer no Switch original. A complexidade gráfica, a escala do mundo e a fluidez da jogabilidade eram fatores cruciais que a equipe de desenvolvimento não queria comprometer.
A perspectiva mudou drasticamente com a chegada do Nintendo Switch 2. “Uma vez que descobrimos o que o Switch 2 poderia fazer, pareceu uma oportunidade natural e positiva”, revelou Hamaguchi. A capacidade de hardware aprimorada do novo console da Nintendo abriu as portas para uma versão nativa de “Final Fantasy 7 Remake”, permitindo que o jogo fosse executado sem as limitações impostas pelas versões em nuvem ou pelas restrições do hardware anterior.
Mesmo com as novas capacidades, o desenvolvimento para o Switch 2 não veio sem seus desafios. Hamaguchi apontou o consumo de energia como a maior questão enfrentada pela equipe ao adaptar o jogo para o console. Apesar disso, ele expressou confiança no resultado final. “Fomos capazes de manter visuais de altíssima qualidade que pareciam fiéis à versão do PlayStation”, afirmou, garantindo que os jogadores do Switch 2 terão uma experiência visual equiparável à do console da Sony.
O diretor também comentou sobre outro aspecto do Switch 2 que gerou debate: o formato das novas chaves de jogo, que, segundo relatos, teriam um método de autenticação controverso. Hamaguchi reconheceu que essas chaves de jogo “nos permitiram fazer coisas que talvez não faríamos de outra forma”, indicando que a tecnologia pode ter oferecido certas vantagens ou possibilidades para o desenvolvimento. Contudo, ele também demonstrou compreensão pelas críticas e preocupações levantadas por parte do público, declarando: “Eu realmente entendo o ponto de vista das pessoas em relação à sua negatividade”. Essa declaração sugere uma consciência da equipe sobre as reações da comunidade em torno de novas tecnologias ou formatos.
A expectativa para o lançamento de “Final Fantasy 7 Remake” em janeiro de 2026 em mais plataformas é alta, especialmente para os fãs da Nintendo que aguardavam a oportunidade de jogar este título icônico em um console da marca. A declaração de Hamaguchi oferece uma visão interna sobre as decisões de desenvolvimento e os desafios superados para trazer a aclamada reimaginação de Midgar para uma nova base de jogadores.