A cerimônia do The Game Awards 2025, um dos eventos mais aguardados pela indústria e pelos fãs de jogos eletrônicos, chegou ao seu desfecho há poucas horas, coroando “Clair Obscur: Expedition 33” como o grande vencedor, que levou para casa o prêmio de Jogo do Ano, entre diversas outras honrarias. Embora a vitória de um título tão comentado não seja totalmente surpreendente, a repercussão geral do evento tem sido marcada por uma sensação de decepção entre uma parcela significativa do público. (via: thegamer)
Essa insatisfação, segundo análises preliminares e a opinião de muitos espectadores, parece estar ligada não apenas à eventual derrota de seus jogos favoritos, mas principalmente à qualidade e ao impacto dos anúncios e revelações, em particular a última “estreia mundial” do show. Geoff Keighley, o produtor e apresentador do evento, buscou aferir o termômetro da audiência através de uma pesquisa no Twitter, perguntando aos fãs como eles avaliariam o The Game Awards 2025. Os resultados iniciais da enquete indicam uma maioria que optou pela opção “D ou Abaixo”, sinalizando uma recepção bastante morna ou negativa.
Apesar da percepção de insatisfação, o evento de fato trouxe uma série de anúncios notáveis que geraram bastante expectativa. Entre os destaques, foram revelados dois novos jogos da aclamada franquia “Tomb Raider”, o aguardado “Total War: Warhammer 40K”, um novo título da série “Divinity”, “Control: Resonant”, “Mega Man: Dual Override” e “Star Wars: Fate of the Old Republic”. Essas revelações, por si só, representam novidades significativas para o mercado e para as respectivas comunidades de fãs, contudo, aparentemente, não foram suficientes para satisfazer as expectativas de uma parcela considerável da audiência.
Muitos fãs esperavam por revelações de peso ainda maiores, como a aguardada sequência de “Half-Life 3” ou “The Elder Scrolls 6”. A expectativa para esses títulos lendários é tamanha que qualquer outra revelação, por mais impactante que seja, pode ser ofuscada. A situação foi agravada pela escolha do último grande anúncio da noite. A decisão de apresentar “Highguard”, um jogo de tiro multiplayer PvP, como a derradeira “estreia mundial” da cerimônia foi particularmente criticada. O desapontamento se intensificou, pois, momentos antes do anúncio, a imagem de montanhas exibida no telão atrás de Keighley guardava uma semelhança notável com as paisagens mostradas na revelação inicial de “The Elder Scrolls 6”, reacendendo uma esperança que foi rapidamente frustrada.
A enquete promovida por Geoff Keighley, em andamento no momento da redação, já havia coletado 219.509 votos. Os dados revelavam que apenas 18% dos participantes concederam ao evento uma nota “A”, enquanto 26% optaram pela nota “B” e 21% pela nota “C”. A parcela majoritária dos votos, atingindo impressionantes 35%, concentrou-se na opção “D ou Abaixo”, evidenciando a insatisfação generalizada. Com mais 17 horas restantes para o encerramento da pesquisa, a tendência ainda poderia oscilar, para melhor ou, potencialmente, para pior, dependendo dos votos restantes.
A ordem das revelações e a escolha do encrramento do evento com um jogo multiplayer PvP, ao invés de um dos outros títulos de grande impacto anunciados, contribuíram significativamente para a frustração de uma parte da comunidade. A expectativa criada pela imagem das montanhas, seguida pela revelação de um jogo que não correspondeu ao imaginário dos fãs por títulos como “The Elder Scrolls 6”, refletiu-se diretamente nos resultados negativos da pesquisa de Keighley, indicando que, para muitos, as escolhas de produção e o gerenciamento de expectativas não foram os mais acertados nesta edição do The Game Awards.




