A imponente Buster Sword, espada característica de Cloud Strife em Final Fantasy VII, transcende o universo dos videogames, tornando-se um dos símbolos mais reconhecíveis da cultura pop. Mesmo para aqueles menos familiarizados com a aclamada franquia japonesa, a imagem do herói loiro carregando a gigantesca lâmina em suas costas é instantaneamente identificável, pronta para ser empunhada em momentos cruciais da narrativa. (via: eurogamer)
No entanto, em um movimento que poderia ter alterado drasticamente a estética do personagem, os desenvolvedores de Final Fantasy VII Remake consideraram, em certo ponto da produção, a possibilidade de dar a Cloud uma espada com proporções mais realistas. A ideia, que visava uma maior verossimilhança dentro do jogo, foi eventualmente descartada pela equipe, que optou por preservar a silhueta icônica da arma.
A discussão sobre essa potencial mudança veio à tona em uma conversa com o influenciador de games francês Julien Chièze, conforme revelado por Naoki Hamaguchi, diretor de Final Fantasy VII Remake. Hamaguchi explicou que o “aspecto do peso” da Buster Sword foi um dos pontos cruciais na deliberação interna. “A forma como Cloud a maneja com uma única mão parecia enfraquecer o senso de realismo, sabe”, comentou o diretor, apontando para a preocupação em como isso seria percebido pelos jogadores.
Durante o desenvolvimento do Remake, a equipe ponderou seriamente sobre a inclusão de uma versão da Buster Sword que se alinhasse mais às expectativas de um design realista. Contudo, a conclusão a que chegaram foi que a Buster Sword é “simplesmente icônica demais”. Segundo Hamaguchi, se o Remake tivesse sido lançado com uma espada de tamanho mais comum e realista para Cloud, os “jogadores não aceitariam” essa alteração.
Diante desse dilema, a decisão final foi manter a fidelidade ao jogo original (OG). “No final, permanecemos fiéis ao OG”, afirmou Hamaguchi. Ele expressou a crença de que essa foi a escolha acertada, observando que “toda uma nova geração de pessoas se apaixonou por ela”, o que validaria a manutenção do design clássico.
A aceitação da decisão e a popularidade do jogo foram rapidamente comprovadas pelos números. Final Fantasy VII Remake, lançado em 10 de abril de 2020 como um exclusivo de PlayStation, alcançou a expressiva marca de cinco milhões de unidades vendidas em apenas quatro meses após sua chegada ao mercado. O sucesso inicial impulsionou seu lançamento em plataformas adicionais, o que naturalmente contribuiu para um aumento ainda maior nas vendas globais do título.
No futuro, o game está previsto para ser lançado no Switch 2. Contudo, a versão física de Final Fantasy VII Remake para o novo console da Nintendo será disponibilizada por meio de um cartão de chave de jogo, e seu volume de dados ocupará cerca de um terço da capacidade total de armazenamento do console, indicando a vasta escala do jogo.
A crítica também se manifestou favoravelmente à abordagem do Remake. Em sua avaliação original para o portal Eurogamer, a jornalista Aoife Wilson descreveu o jogo como “um remake expansivo que pisa com cautela sobre este que é o mais querido dos jogos, embora alguns deslizes persistam por muito tempo na memória”, capturando a essência de uma reimaginação que equilibra inovação e reverência ao legado.
