A ascensão meteórica da série de televisão “Fallout”, da Amazon, acendeu um debate entre fãs e observadores da indústria do entretenimento: seria a franquia de fantasia da Bethesda, “The Elder Scrolls”, a próxima a receber uma adaptação para as telas? A questão ressoa, e a expectativa em torno de um universo tão rico quanto o de “Elder Scrolls” é palpável, mas o que pensa Todd Howard, chefe da Bethesda Softworks, sobre essa possibilidade? (via: ign)
Em entrevista concedida ao portal Eurogamer, antes mesmo do lançamento da segunda temporada de “Fallout”, Howard não descartou totalmente a ideia de uma série televisiva baseada em “The Elder Scrolls”. Contudo, ele sugeriu que a franquia pós-apocalíptica de ficção científica, “Fallout”, se mostrava mais adequada para uma adaptação. O executivo relembrou que o processo para levar “Fallout” às telas foi longo, abrangendo uma década de esforços e discussões. “A jornada de Fallout foi como uma de dez anos”, afirmou Howard, ao abordar a sugestão de uma adaptação de “Elder Scrolls”. Ele acrescentou que, após o lançamento de “Fallout 3”, o interesse em um filme ou série da franquia já havia surgido, e a equipe da Bethesda optou por agir com cautela e sem pressa.
Segundo o Eurogamer, Todd Howard declarou que não pode “confirmar ou descartar um projeto de Elder Scrolls no futuro”. No entanto, ele reiterou sua percepção de que a franquia “Fallout” era “mais singularmente adequada” e tinha “mais a dizer em seu gênero” quando comparada ao universo de “The Elder Scrolls”. Apesar dessa visão inicial, o sucesso estrondoso da série de “Fallout” parece ter introduzido uma nova perspectiva. “Mas, nunca se sabe”, ponderou Howard. “Acho que o impacto da série em ‘Fallout’ como franquia foi maior do que eu esperava, então isso nos faz pensar: ‘Ei, existe um caminho?’ Mas, nada hoje… [e] estou disposto a dizer ‘não’ por uma década”, concluiu o diretor, sinalizando que, embora a ideia possa ter sido reavaliada, não há planos concretos para um futuro próximo.
A versatilidade narrativa de “Fallout” é um dos pontos frequentemente citados para justificar sua adaptabilidade. Macaulay Culkin, estrela da segunda temporada, destacou essa característica em uma entrevista recente ao IGN, explicando sua profunda admiração pela rica lore da franquia. Para Culkin, o universo de “Fallout” abrange uma vasta gama de possibilidades temáticas e de conteúdo. “Você pode ter zumbis, você tem deathclaws, você tem monstros e coisas assim”, exemplificou. Ele continuou, mencionando a presença de alienígenas e até mesmo criaturas como o Mothman, originário de “Fallout 76”, que agora são elementos válidos dentro da narrativa. “Não há uma forma realmente definida para isso. Você pode encaixar qualquer tipo de peça nesse buraco”, metaforizou Culkin, ilustrando a capacidade da franquia de incorporar diversos elementos e gêneros sem perder sua essência.
Enquanto a especulação sobre “The Elder Scrolls” persiste, a série de “Fallout” não mostra sinais de desaceleração. A terceira temporada já foi oficialmente confirmada, e os atores principais da produção indicaram seu interesse em continuar interpretando seus personagens por muitas outras séries. Em maio, Aaron Moten, que interpreta Maximus, o aspirante da Brotherhood of Steel, revelou que o “ponto final” planejado para a série de “Fallout” se estende até a quinta ou sexta temporada. “Quando assinei para fazer a série, teríamos um ponto de partida e eles me deram o ponto final”, explicou Moten. “E esse ponto final não mudou. Mas é um ponto final do tipo temporada 5, 6”. O ator ainda complementou que, desde o início, sempre houve a intenção de desenvolver os personagens com tempo e cuidado, indicando um planejamento de longo prazo para a narrativa.
Diante do horizonte estendido para a série “Fallout”, a atenção da Bethesda para uma adaptação de “The Elder Scrolls” permanece distante. Somente após a conclusão dessa jornada televisiva, talvez a empresa volte seus olhos para o reino de Tamriel. Até lá, resta a incerteza: será que “The Elder Scrolls VI” já terá sido lançado? A resposta para essa pergunta, assim como a da adaptação, ainda pertence ao futuro.
