A aguardada segunda temporada da adaptação de “Fallout” pela Amazon está prestes a estrear, chegando ao catálogo da Amazon Prime Video no próximo dia 16 de dezembro – um dia antes do que havia sido inicialmente anunciado. Contudo, os fãs da aclamada franquia de videogames não devem esperar uma aparição surpresa de Todd Howard, chefe de estúdio da Bethesda, no papel de um figurante ou personagem. (via: eurogamer)
Howard, uma figura central no desenvolvimento e sucesso de “Fallout” e de outros títulos icônicos da Bethesda, como “The Elder Scrolls”, optou por manter-se afastado das câmeras. Essa decisão contrasta com uma prática comum em adaptações de obras populares, onde criadores e executivos frequentemente fazem aparições especiais. Um exemplo notório é Stan Lee, lendário criador da Marvel, cujos cameos se tornaram uma marca registrada e um deleite para os fãs no Universo Cinematográfico Marvel e em outras produções baseadas em suas histórias. As aparições de Lee eram aguardadas com entusiasmo, adicionando uma camada charmosa e um reconhecimento direto à fonte original.
Ainda assim, Todd Howard, apesar de ter sido convidado múltiplas vezes, tem declinado a oportunidade de seguir um caminho semelhante para a Bethesda na série “Fallout”. Em declarações à IGN, Howard revelou que recebeu diversas propostas de participação, inclusive para a primeira temporada. Ele mencionou a possibilidade de interpretar um personagem “no estilo Dr. Strangelove, na sala da Vault-Tec, onde eles estariam discutindo todos os experimentos, e algumas outras coisas”. Tais papéis permitiriam uma conexão direta entre o criador e a narrativa visual, um aceno simbólico à sua influência.
Entretanto, o chefe do estúdio expressou sua convicção de que seu lugar ideal reside “por trás das câmeras”, onde ele pode supervisionar a visão criativa e garantir a fidelidade à essência da franquia. Quando questionado se consideraria, por exemplo, ser uma vítima de The Ghoul – um dos personagens mais marcantes da série –, Howard foi categórico. “Eu disse não a todos até agora”, afirmou. Sua justificativa é clara: “Não quero distrair”, disse ele. “Todos diriam, ‘Oh, lá está o Todd!'”, indicando que sua presença visível poderia quebrar a imersão do público na narrativa.
Questionado sobre a possibilidade de, no futuro, vir a ser o “Stan Lee da Bethesda”, Howard manteve sua posição firme. “Não neste momento”, respondeu, reforçando seu foco na produção e na experiência do jogo. A postura de Howard reflete um desejo de preservar a autenticidade da série como uma obra independente, ainda que inspirada profundamente em seu trabalho, sem a inserção de elementos que possam desviar a atenção do enredo e dos personagens.
A segunda temporada de “Fallout” promete expandir ainda mais o universo pós-apocalíptico que cativou milhões de espectadores. Além dos rostos já conhecidos e aclamados, como Ella Purnell no papel de Lucy MacLean e Walton Goggins interpretando The Ghoul/Cooper Howard, o elenco receberá novas adições notáveis. Nomes como Macaulay Culkin e Kumail Nanjiani juntar-se-ão à produção para a nova leva de episódios, prometendo trazer novas dinâmicas e performances à série.
Para além das adaptações de “Fallout”, o impacto de Todd Howard na indústria de videogames é vasto. Recentemente, em uma entrevista à Eurogamer, ele abordou o futuro de outras propriedades intelectuais da Bethesda no formato de adaptações para a tela. Howard afirmou que “não pode nem confirmar nem descartar uma coisa de Elder Scrolls no futuro”, deixando aberta a possibilidade de que o universo de Tamriel possa, eventualmente, seguir o caminho de “Fallout” e ser transformado em uma série ou filme, para a alegria de muitos fãs. Sua cautela e foco, no entanto, indicam que qualquer projeto futuro passaria pelo mesmo crivo de autenticidade e respeito à obra original.
