Christopher Judge, a aclamada voz por trás do personagem Kratos na série “God of War” da Sony Santa Monica, expressou recentemente seu desejo para o próximo título da franquia. Durante um painel na MCM London Comic Con, o ator sugeriu que o cenário ideal para uma nova aventura seria o Egito Antigo, uma ideia que despertou a curiosidade dos fãs e da mídia especializada. (via: gamesradar)
No evento, Judge, que empresta sua voz imponente ao protagonista espartano desde o reboot da série em 2018, fez uma declaração que foi interpretada por alguns como um deslize. Ele aparentemente se referiu à existência de um “terceiro jogo” na série reimaginada de “God of War”, para logo em seguida se retratar, qualificando sua fala com a expressão “se houver outro jogo”. A última entrada da franquia, “God of War Ragnarök”, lançada em 2022, alcançou grande sucesso de crítica e público, consolidando ainda mais o legado da saga, mas até o momento não houve qualquer anúncio oficial sobre um sucessor.
A menção a um Egito Antigo como palco para Kratos não é aleatória para Judge. O ator explicou sua preferência pessoal, vinculando-a à sua trajetória profissional anterior. “Por ter me tornado mais conhecido como Teal’c de Stargate, ir para o Egito seria a conclusão do meu círculo”, afirmou Judge, fazendo referência ao seu papel icônico na série de ficção científica “Stargate SG-1”. Ele complementou, “Mas, seja o que for decidido – espere… se houver outro jogo, não tenho dúvidas de que, independentemente do panteão, ele será ótimo.”
A proposta de um “God of War” ambientado no Egito Antigo é, de fato, intrigante. Representaria uma significativa mudança visual e temática em relação às entradas anteriores, que exploraram predominantemente a mitologia grega e, mais recentemente, a nórdica. Para Judge, seria um momento de “círculo completo” em sua carreira, fundindo suas experiências artísticas com o universo do videogame. O panteão egípcio, rico em divindades como Rá, Osíris, Ísis e Anúbis, oferece um vasto repertório de histórias e criaturas míticas que poderiam se encaixar perfeitamente na narrativa épica e brutal da série. A transição de cenários gelados e florestas densas da mitologia nórdica para os desertos, pirâmides e templos do Egito traria uma renovação estética e de jogabilidade, explorando novas culturas e desafios.
Contudo, é fundamental ressaltar que, até o momento, a PlayStation não fez qualquer anúncio ou insinuação sobre um futuro jogo de “God of War” após “Ragnarök”. As declarações de Judge, embora empolgantes, não podem ser consideradas uma confirmação oficial de um novo título. A especulação é alimentada, em grande parte, pelo histórico de sucesso da franquia. Tanto “God of War” (2018) quanto “God of War Ragnarök” foram aclamados pela crítica e registraram vendas expressivas, consolidando a série como um dos pilares da Sony. Além disso, sem revelar detalhes cruciais da trama, o final de “Ragnarök” deixou portas abertas para possíveis continuações, sugerindo que o universo de Kratos ainda tem muitas histórias a serem contadas.
A expectativa por um novo capítulo é natural, considerando o impacto cultural e comercial dos jogos anteriores. A Sony Santa Monica, desenvolvedora da série, tem demonstrado uma capacidade notável de inovar e reinventar a franquia, mantendo sua essência enquanto expande seus horizontes narrativos e mitológicos. Se Judge de fato fez uma revelação não intencional ou se apenas expressou um desejo pessoal, a probabilidade de a Sony dar continuidade a uma de suas mais rentáveis e prestigiadas propriedades intelectuais é considerável.
Em um contexto mais amplo da indústria, um dos líderes do desenvolvimento de “God of War Ragnarök” já havia se manifestado sobre a necessidade de estúdios AAA diversificarem suas produções. Segundo ele, as grandes empresas deveriam “diversificar para jogos Double-A e Single-A, e talvez até mesmo independentes”, mesmo que os lançamentos de grande sucesso possam resultar em retornos “potencialmente muito grandes”. Essa perspectiva sugere uma reflexão sobre a sustentabilidade e a criatividade dentro do desenvolvimento de jogos de alto orçamento, indicando que o futuro da indústria pode não depender apenas de blockbusters gigantescos, mas também de uma variedade de experiências.
Enquanto a comunidade de jogadores aguarda por qualquer sinal oficial, a ideia de Kratos enfrentando deuses e criaturas do panteão egípcio permanece como um cenário fascinante e um tópico de intensa discussão entre os fãs da saga.
