Uma situação incomum tem se desenrolado no universo de Destiny 2, levando a um cenário de incerteza para milhares de jogadores e a decisões atípicas por parte da plataforma Steam. Lançado originalmente em 2017 e conhecido por sua robusta comunidade de jogadores, o título da Bungie tem enfrentado desafios recentes que culminaram na inacessibilidade do jogo para usuários em algumas regiões específicas. (via: gamerant)
O panorama atual do game começou a mudar em meados de julho, com o lançamento da expansão “The Edge of Fate”. Inicialmente, a atualização impulsionou um significativo aumento no número de jogadores ativos. Contudo, essa alta foi efêmera. Desde então, o jogo testemunhou uma drástica queda de 80% em sua base de usuários. As razões citadas pelos próprios jogadores para esse êxodo variam desde a presença de bugs persistentes até um nível de dificuldade excessivamente elevado em certas atividades. Agora, porém, uma nova camada de problemas emergiu, forçando o afastamento de jogadores que, de outra forma, prefeririam continuar sua jornada em Destiny 2.
No final de setembro, usuários de Destiny 2 em países como Rússia, Cazaquistão e Bielorrússia se depararam com um bloqueio total de acesso ao jogo. A única explicação fornecida pela Bungie até o momento tem sido bastante vaga, afirmando apenas que “os serviços de Destiny não estão disponíveis onde o acesso é restrito por lei”. Essa justificativa não satisfez plenamente as questões levantadas pela comunidade afetada, que se viu repentinamente impedida de jogar um título no qual muitos investiram centenas, ou até milhares, de horas.
Diante desse cenário, um caso em particular chamou a atenção, demonstrando uma exceção notável às políticas padrão de reembolso da Steam. Um jogador identificado como “trashcanslover”, que acumulou mais de 2.000 horas de jogo em Destiny 2, decidiu solicitar um reembolso à plataforma. Para a surpresa de muitos, o pedido foi concedido, cobrindo não apenas o jogo base, mas também todas as expansões e atualizações que o jogador havia adquirido.
Essa decisão é altamente incomum, considerando que a Steam normalmente estabelece critérios rigorosos para reembolsos, exigindo que as solicitações sejam feitas em até 14 dias após a compra e com um máximo de duas horas de jogo registradas. No entanto, a plataforma já abriu precedentes para circunstâncias atenuantes no passado. Um exemplo notável foi o reembolso concedido a jogadores da versão para PC de The Last of Us, que enfrentavam tempos de carregamento de até uma hora antes mesmo de conseguir iniciar o jogo.
Aparentemente, a situação dos jogadores de Destiny 2 afetados pelo bloqueio regional se enquadrou em uma dessas exceções. O jogador “trashcanslover” explicou o impacto da restrição de acesso ao suporte ao cliente da Steam, e a plataforma considerou o reembolso apropriado.
Contudo, nem todos os jogadores afetados por essa restrição tiveram a mesma sorte. Embora alguns outros usuários também tenham conseguido obter reembolsos com sucesso, muitos outros, inclusive com um tempo de jogo consideravelmente menor do que as 2.000 horas do caso exemplificado, tiveram seus pedidos negados. A Steam não divulgou um critério claro ou uma justificativa para a disparidade nas decisões de reembolso, deixando a razão pela qual alguns recebem o dinheiro de volta e outros não, ainda obscura.
Enquanto os jogadores que obtiveram o reembolso expressam alívio por reaver seu investimento financeiro, a sensação de perder inexplicavelmente o acesso a um jogo no qual se dedicou milhares de horas continua a ser um golpe amargo. A comunidade permanece na expectativa, esperando que a perda de acesso a Destiny 2 nas regiões afetadas não seja uma medida permanente.






