Estúdio de Dying Light acredita que jogos standalone e menores são o futuro

Futuro spin-off da franquia da Techland, Dying Light: The Beast foi projetado para ter cerca de 20 horas de gameplay.2 min


Estúdio de Dying Light acredita que jogos standalone e menores são o futuro

A indústria de games está em constante evolução e a Techland, estúdio por trás do sucesso Dying Light, acredita que o futuro pertence a jogos standalones e projetos menores que os tradicionais que atualmente dominam o mercado. Tymon Smektała, diretor da franquia, defende essa mudança após o anúncio de Dying Light: The Beast na Gamescom, um spin-off que inicialmente era um DLC para Dying Light 2.

A mudança de rumo aconteceu após um vazamento significativo do conteúdo do DLC, que revelou a trama principal. “Sabíamos que nossos jogadores mais dedicados já teriam visto o conteúdo vazado”, explica Smektała ao GamesIndustry. “Então, decidimos transformar esse projeto em algo novo, uma experiência completa e independente.” A ideia central é trazer de volta Kyle Crane, protagonista do primeiro Dying Light, dez anos após os eventos originais, para uma história que explora os poder bestial que ele adquiriu.

Apesar de ser um novo jogo, The Beast mantém algumas conexões com o DLC original e promete desvendar mistérios que ficaram sem respostas nos dois jogos anteriores. Porém, Smektała garante que não se trata de Dying Light 3. “Temos planos distintos para o próximo capítulo da franquia”, revela, sem dar mais detalhes. O foco de The Beast é oferecer uma experiência mais compacta, comparável a um café “expresso” duplo em vez de um “americano”, com cerca de 20 horas de gameplay. A Sony explorou isso em suas franquias AAA, com o lançamento de Uncharted: The Lost Legacy e Marvel’s Spider-Man: Miles Morales, enquanto a Ubisoft se aventurou nessa direção com Assassin’s Creed: Mirage do ano passado (que, como Dying Light: The Beast, começou originalmente como DLC), enfatiza GamesIndustry.

A escolha por um jogo com duração mais curta se deve a uma percepção do mercado. Smektała acredita que, com o ritmo acelerado da vida moderna, os jogadores buscam experiências mais concisas e focadas. Além disso, jogos mais curtos exigem menos tempo, recursos e investimentos dos desenvolvedores, abrindo espaço para experimentação e novas ideias.

“Eu entendo que para muitos jogadores há um [fascínio] sobre o número de horas que o jogo oferece,” relata. “Mas então, conforme os jogadores envelhecem, conforme o mundo ao nosso redor fica mais e mais intenso, e como temos muitas coisas que roubam nossa atenção, se você tem um jogo que precisa jogar por 50 a 100 horas para terminar, é realmente difícil encontrar tempo para isso, certo?”

Decisão de lançar Dying Light: The Beast também nas plataformas anteriores, como PS4 e Xbox One, reflete o compromisso da Techland em alcançar o maior número possível de jogadores. Mesmo com o lançamento de novas gerações de consoles, a base de jogadores nas plataformas anteriores ainda é considerável, e o estúdio não deseja abandoná-los. Para Smektała, a chave para o sucesso dos games reside em encontrar o equilíbrio perfeito entre inovação, qualidade e acessibilidade.

Kyle Crane com sangue nos olhos em anúncio de Dying Light: The Beast na Gamescom 2024

Primeiro vislumbre em vídeo da nova aventura independente que promete transportar os jogadores para um pesadelo zumbi ainda mais intenso.